domingo, 28 de dezembro de 2008

Passagem de Ano

Pois é, o natal já lá vai. Espero que tenha sido bom para todos vós, com mais ou menos presentes, mas com a boa companhia de todos os que mais gostam.

Próxima paragem, passagem do ano.

O meu desejo é que se divirtam bastante. E já sabem. Se precisarem de abastecimento no que toca a bebidas, passem cá pela tasca, que temos uma panóplia de bebidas, e claro sempre a bom preço.

Traçadinhos

Auto da Tasca - Zé Manel

sábado, 27 de dezembro de 2008

Ainda o Natal

Boa noite a todos os tasqueiros neste rescaldo das festividades natalícias!

Espero que todos tenham tido um excelente Natal na companhia daqueles que são realmente importantes para vocês. No fundo, é isso que realmente importa, não é verdade? É claro que a generosidade do Pai (ou Mãe!) Natal é sempre bem-vinda, mas o mais importante de tudo é poder estar em família! Para mim, que estou longe da minha a maior parte do ano, esta época é particularmente importante.

Neste contexto, o melhor deste Natal foi mesmo o carregamento de mimos a que tive direito: do pai à mãe, da avó ao afilhado... até do cão!

O pior também é sempre o mesmo: as toneladas de comida!!! Acho que consegui engordar 100 kilos!

Bem, continuação de boas festas para todos, que eu vou aproveitar o que ainda me resta desta estadia!!!

Até breve amigos!

Imita Alces

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

BOM PORTUGUÊS?????

Quem já não ouviu falar do acordo ortográfio entre Portugal e Brasil????
Essa maravilhosa inovação para a língua portuguesa.
Hoje apetece-me dar-lhes uma lição não de BOM PORTUGUÊS mas enfim.....
Pensei num jogo de palavras. Que tal colocar uma cruz naquela que poderá estar (não)correcta?

1. Como se escreve as seguintes palavras?

Adopção __ / Adoção __
Anticoncecional ___ / Anticoncepcional __
Convicção ___ / Convicão __
Núcias ___ / Núpcias __
Infracção ___ / Infração __
Opcional ___ / Ocional __
Ficção ___ / Ficão __
Recepcionista ___ / Rececionista __
Eléctrico ___ / Elétrico __
Facto ___ / Fato __
Activar ___ / Ativar __
Rapto ___ / Rato __
Lácteo ___ / Láteo __
Ativar ___ / Activar __
Adjetivo ___ / Adjectivo __
Correcção ___ / Correção __


Vamos brincar, desaprendendo....Eh!!!Eh!!!
Confusos????
Atenção aos erros.....
Boas festas.......

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal

Hoje é dia de Natal. É dia onde nos devemos estar a entregar aos outros e não a ler posts num blogue.

Mas já que haveis passado por aqui renovo-vos este pedido. Saiam, convidem uns amigos e partilhem. É Natal.

Feliz Natal a todos.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

É Natal, é Natal...

Hoje é a véspera do Natal, o ultimo dia para as compras, para as filas intermináveis para tudo. Tempo de espera para estacionar, para entrar, para pagar e embrulhar. É a escolha da toalha e a louça guardada no armário, os copos de cristal e aquela garrafa de vinho mais antiga, o espumante que perdeu a validade, que todos educadamente dizem, "está muito bom"... . Ai ai. Que dias de tormento... já não pachorra para estas coisas... ok ok, é bom dar felicitações ás pessoas, e receber aquele sms que já deu a volta ao mundo. Mas quem é que acredita mesmo no espírito natalício? Os comerciantes talvez... eu também, n aparte que toca ao outro salário extra de subsidio.
Não sou crente, e muito menos me vejo representado por alguma religião, mas, devido a educação católica que tive e a todo este globalização de uma festa que é mais pagã do que propriamente religiosa, aproveito esta altura para me lembrar de quem gosto, fazer um balanço de um ano que passou. Novos projectos viram, novas expectativas e novos desejos para um novo ano. Desejo muita coisa, seria uma lista interminável superior a 2 imagens... De momento os desejos que vou expressar a todos, são os votos sinceros de um feliz Natal, muita Harmonia e Alegria. Que se sintam realizados na medida do possível e para finalizar e fazendo um plagio às Miss´s " Paz no mundo, para todos e principalmente para as crianças"
Um grande abraço para todos

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

...Época "Natal(ética)"...

...Num destes dias de euforia e azáfama, estava eu numa fila de trânsito que dá acesso à única grande superfície que existe na minha "aldeia", que apesar de ser capital de distrito, apenas possui uma grande superfície que trata de encher o seu "cabaz de natal"(conta bancária) com os preços mais altos do país, fruto de não haver concorrência...transformando uma capital de distrito do litoral, numa cidadezinha provinciana...

Mas adiante, enquanto esperava dei por mim a pensar num conceito muito em voga na sociedade e nas empresas, que é a "ética" e agora no Natal o seu efeito é potenciado...

Assim, notamos que em todo lado as pessoas estão mais alegres tratam o "outro" com mais respeito e sentido ético, tudo muito bonito...
O problema é que num país profundamente católico, em que durante muitos anos o Estado deixou que a Igreja Católica fizesse o papel de educar as gerações, com um conjunto de valores morais e éticos, que eram absolutos (isto era e é feito através da Catequese, do Escutismo e de outros movimentos de jovens)...
O problema é a forma como é dado, primeiro com verdades absolutas e únicas que nunca podem ser postas em causa e depois passa-se a ideia de que tudo tem perdão e é desculpável, através de diferentes formas...

Já sei o que estão a pensar "mas o que é a igreja tem haver com isto???"...
Para mim é simples, reparem nesta altura toda a gente está imbuída do espírito natalício e então enivam-se sms a desejar as boas festas a toda gente até aquelas pessoas que não gostamos muito, ao chefe que não vai com a nossa cara, até à empregada da pastelaria que anda o ano todo a atender-nos com cara de "enfadada"...
Se nos pedem dinheiro na rua nós damos qualquer coisa com um sorriso, quando habitualmente não o fazemos, mas como é Natal até estamos "porreiros"...

O que acontece é que chegando a Janeiro voltamos ao nossso "eu" normal, que apenas pensa no seu próprio úmbigo, e que age como se tivesse umas palas nos olhos e não visse o que se passa ao seu redor, porque o mais importante é exclusivamente o meu "mundinho" egoísta, e vivemos assim durante 11 meses...
Durante este período cometemos todo o tipo de "atrocidades", somos maldizentes no trabalho, amaldiçoamos o governo e os impostos, continuamos a degradar o ambiente como senão existisse futuro...etccc...

Mas isto é assim porque nos ensinam que quando "pecamos" basta rezar umas "Avé Marias" que ficamos com a consciência limpinha, quando comungamos ficamos purificados e se deixarmos umas esmolas na caixa da igreja temos o "passaporte" garantido para uma vida no paraíso...e assim, temos um ciclo, fazemos "asneiras" e todo o tipo de tropelias e depois limpamos a alma, e assim sucessivamente...
Por isso, esta época é para "limpezas", depois temos todo o ano para "pecar" até porque Jesus Cristo foi cruxificado para nos "safar", por tanto "no problem"...

Enquanto a Igreja não passar à prática, ensinando com acções concretas o que é fazer o bem e respeitar e ajudar o proximo desinteressadamente, em vez, de se limitar a passar o saber escolástico...

A ética pratica-se todos os dias e tem que estar dentro de nós, não pode ser apenas "moda" para inglês ver...

Eu a cada semana que passa aqui na Tasca, vou garantindo o meu lugarzinho no Inferno, o que até dá jeito com o friozinho que está...

PS - Peço desculpa pelo tamanho do post...bom natal a todos...

Jaquim Pimpão

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Agradecimentos

Boa noite a todos!
Quero agradecer a todos os que se deslocaram a terra para assistir a um grande acontecimento e a um convívio recheados de coisas doces (com bolinho, tarte, pudim sem faltar a pinga).
É verdade Pimpão, parece que consegui converter malta a ser mais assídua nas bancadas. É, não só mas também, por isso que treino todas as semanas :D
Mais jogos virão e espero que a assistência se mantenha, afinal as coisas até correm melhor quando temos o apoio e o carinho a vir das bancadas. Parece que vamos jogar o Regional de Lisboa a partir de Fevereiro, o que deve dar cerca de 8 jogos (4 em casa).
Assim espero que a malta colabore, que se desloque e que apoie a modalidade, e claro que me ajude nas exibições.

Sai uma rodada natalícia!

Pipas de Vinho,

Torrão de Alicante

domingo, 21 de dezembro de 2008

Hóquei em Patins

Ora viva.

Venho só fazer um pequeno apontamento sobre o dia de hoje no que toca
às actividades do pessoal tasqueiro.

Efectivamente, hoje foi dia da nossa tasqueira dar uso ao stick, e tal
evento contou com alguns dos elementos do staff da nossa tasca como
espectadores.

Todos nos divertimos imenso e alguns de nós tivemos oportunidade de
ver pela primeira vez ao vivo um jogo de hóquei em patins.

Traçadinhos

Auto da Tasca - Zé Manel

sábado, 20 de dezembro de 2008

Solidão

Vi hoje na televisão uma reportagem sobre o suicidio. Nesta reportagem era referido que a cada 30 segundos existe uma tentativa de suicidio, e que a cada 40 existe um suicida, sendo que um dos principais motivos para o suicidio é a solidão.

De facto, no mundo global que é o nosso a solidão tornou-se uma realidade. E quando falamos de solidão não falamos apenas da solidão daqueles que vivem efectivamente longe dos outros, muitas vezes longe do próprio mundo, mas também daqueles que se sentem sós no meio da multidão...

Eu para já lido bem com a problemática: tenho uma família extraordinária, muitos e bons amigos, um trabalho que gosto e que é tudo menos isolador, bla, bla, bla... Mas confesso que a temática me assusta, visto que não sei o que a vida tem reservado para mim...

Por isso, espero que neste Natal todos vocês possam estar rodeados dos que mais amam, e que partilhem bons momentos e bons sentimentos!

Para todos os tasqueiros e clientes desta tasca um FELIZ NATAL!!!

Imita Alces

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Escolhas (no feminino)

Buda disse um dia que não devíamos aceitar nada que não tivéssemos conhecido e experimentado por nós próprios. Preocupava-o o facto de muitos de nós seguirem as "autoridades" e "doutrinas oficiais" e, deste modo, não vivermos e sentirmos a vida na experiência do dia-a-dia.

Ocorreu-me pensar nas mulheres de hoje. Em tempos não tinham a liberdade de decidir por elas próprias. O seu destino era o lar e a família e não havia nada que elas pudessem fazer.
Buda não teria gostado desta condição de "escravidão".

Hoje as mulheres podem escolher. Podem ser mães e donas de casa ou, se preferirem, trabalharem, sentirem-se valorizadas e prosseguir carreiras. É o que faz a maioria destas "novas mulheres" que acha que ficar em casa é "humilhante", "submisso", "antiquado".
Buda não teria gostado igualmente desta nova condição de escravidão.

Não sei se acompanharam o meu raciocínio: a mulher nunca teve poder de escolha. Antigamente era a pressão social para ficar em casa. Hoje é a pressão social de não o ficar. Uma mulher directora executiva que ganha 5000 euros mensais numa multinacional que desista desta vida quandose casa e que opte por ficar nela a construir a sua família e vida baseada no amor familiar é vista como "estúpida", "idiota", "palerma" "antiquada", "tótó" pelas suas iguais e demais (entre outros adjectivos menos educados).

Mulheres, pensai por vós. Só tendes uma vida. Vejam aquilo que mais vos realiza, seja aturar um patrão ou aturar um marido e façam uma escolha. Sois donas das vossas vidas. Não sejais como as ovelhinhas que são umas Marias-vão-com-as-outras e arriscai ser felizes. Ainda que sejais apelidades de ovelhas negras.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Saudosismo ou é por ser Natal?

Esta altura natalícia transporta-me para alguns anos atrás. Não muitos até porque nem atingi a meia-idade. Recuo para os primeiros dez anos da minha vida. È nesta idade que o Natal fazia algum sentido. Era por esta altura que, devido à educação católica que tive conjugada com a inocência da magia festiva, vivia intensamente os rituais que caracterização a celebração do nascimento do salvador, filho de Deus. Foi por esta altura que, a maioria da minha geração e geração anteriores, tiveram porventura, grande parte das alegrias de infância. Em minha casa, os brinquedos era sinal de aniversário ou Natal. Como tal, e como os brinquedos são parte integrante da magia de encantar, também todos os preparativos da festividade acabam por ficar na memória.
Havia quase como que um denominador comum nas famílias portuguesas, mais cosmopolitas da altura. Todos iam passar o Natal “à terra”. Era como que, imperativo para a sociedade, voltar as suas raízes e assim consolidar os laços, rever os amigos e manter a família de já com três ou quatro gerações em contacto. A minha família materna, tem raízes num lugar situado nas encostas da serra do Caramulo. As viagens para lá eram uma aventura. Demorava-se imenso, as estradas eram más, as viaturas não eram os topos de gama de agora, o que tornava uma viagem de 3 horas um martírio até para o mais entusiasta. Nada comparado com a facilidade dos acessos actuais. Recordo o caminho, que nos levava a percorrer o luso, paragem obrigatória para beber água da fonte da conceituada marca. Enchíamos o garrafão de vidro, que na altura se distinguia dos garrafões de vinho, por ter a parte que envolvia o vidro só até meio e ser de plástico branco. Os de vinho eram em verga, o saudoso”palhilhas” ou “câmara de filmar de 5 litros”, imagem de marcar do turista português nos anos 80. De Inverno a subida para o Luso era um acto de coragem. Quando o nevoeiro era muito, a única hipótese de orientação, era o traçado da estrada, não se via para lá do metro, metro e meio. Um camião de mercadorias que passasse por lá, teria de ter um bom condutor. Nas curvas teria de esperar que os carros que circulassem em sentido contrário passassem, para assim ter espaço para poder continuar. Como as curvas eram muitas o tempo custava a passar.
Chegados ao destino tudo mudava. Podíamos respirar o ar puro, ainda hoje é assim. Era para mim um lugar onde podia correr, saltar, atirar com a fisga pois não havia problemas de partir algum vidro. Podia ver os bichos, havia gatos, galinhas e coelhos, coisas que não tínhamos nos apartamentos. Havia as árvores que podíamos subir, a fruta que podíamos comer sem ser as escondidas do dono. Era uma liberdade que não se assemelhava a nada. Depois havia os primos, que também estavam presentes para a “romaria”. Eram mais uns para se juntar a confusão, a nossa sorte é que os mais velhos estavam entretidos na conversa, e nós os mais novos, tínhamos mais espaço para a “judiaria”. Era um despique na vez de andar na bicicleta “pasteleira”, quando não eram dois a andar ao mesmo tempo. Nem chegávamos com os pés ao chão, mas desde que desse para andar estava tudo bem.
A família era uma família tradicional, modesta. A casa era antiga mas forte. Uma casa beirã, com paredes de pedra, granito escuro, sem reboco. Apenas a argamassa que fixava as pedras, se encontrava pintada de branco. Dois andares, sendo o térrio não habitado. Chamam a estes pisos “lojas”. Era tipo uma despensa, pois estava lá quase tudo, desde lenha, os pipos do vinho, o lagar, a salgadeira do presunto, as ferramentas de trabalhar no campo, as hortaliças que eram trazidas dos campos. Era um lugar fresco, o chão era de terra batida, havia pouca luz, que entrava pelas portas e por uma pequena vigia. Na parte de cima da casa tinha outro encanto. Foi a primeira casa do lugar a ter luz eléctrica, o chão era soalho de madeira que rangia a cada passo. Entravamos na cozinha por uma porta larga de madeira, estava pintada num vermelho “zarcão”. A comida era feito no fogo da lenha. Ainda lembro a comida feita naquelas panelas pretas de 3 pernas, só alguns anos depois veio um fogão a gás. A cozinha tinha um forno de pedra, onde se cozia a broa, que era feito dos cereais semeados e colhidos nos terrenos da família. Depois eram moídos num moinho que ficava a menos de 100 metros da casa, um moinho de água que penso já não existir hoje. Era diferente o sabor. Era trabalho dedicado. O tempo do amassar, o deixar levedar, fazer uma cruz na massa ao mesmo tempo que se faz uma reza, a pedir a Deus a sua graça para que a massa levede. Depois era aquecer o forno com lenha, e a sua altura, meter a massa no forno e esperar que saísse uma broa quentinha e as bolas de carne ou sardinha. Com o tempo as forças para o pão diminuíram. O forno foi tapado e a grande lareira onde se queimava a lenha para aquecer a casa foi substituída por um fogão de lenha. Sabia tão bem o café de cevada feito lentamente, acompanhado no com pão torrado. Um pitéu as maçarocas de milho por cima das brasas do fogão. Só ali havia estas iguarias.
Lembro de naquela casa não haver televisão. Havia apenas um rádio a pilhas que tinha sido comprado numa paragem que tinham feito nas Canárias, numa deslocação a Angola, que fizeram para visitar as filhas. Mais tarde veio a Tv. Mas nem sempre estava ligada. Eram forretas, não queriam gastar muita energia eléctrica, e é claro que os mais novos por vezes perdiam os bonecos. Mas também havia tanta coisa para entreter que não era nenhuma desgraça. Não via os bonecos mas podia andar enfiado no galinheiro a ver se as galinhas já tinham posto os ovos, podia mexer nos coelhos como se fossem gatos de estimação e dar comida a boca. Havia tanta coisa para apreciar. O cantar do galo que fazia o favor de nos acordar, o cantar dos pássaros que estavam a cantarolar mesmo perto da janela, subir ao enorme diospireiro que se encontrava na parte traseira da casa. Era uma disputa para ver tirar água do furo também. Não havia água canalizada, havia uma bomba que retirava água de um furo aberto a punção e marreta. Tudo ali mesmo perto da cozinha. A água para beber vinha de uma fonte que ficava perto. A água era transportada nos cântaros feitos pelo Manuel Latoeiro ou nos célebres cântaros de plástico azul.
A ceia de natal chegava, e a pequenagem já estava mais para dormir que propriamente desperta. A tradição mandava que na ceia o prato fosse Bacalhau com as batatas e nesta casa não era excepção. A mesa era corrida. No topo estava o “Patriarca” e do lado esquerdo, praticamente sempre, sentavam dois dos netos. Eram de idades próximas, cúmplices nas brincadeiras, sócios nas partidas aos outros membros da família e acima de tudo, adeptos do mesmo clube de futebol. O resto da família sentava-se onde havia lugar, sendo a última escolha para “matriarca”.
A matriarca era a pessoa “menos” admirada, menos compreendida. Era a pessoa mais ocupada, era uma “escrava” como a maioria das mulheres daquela geração. Tinham de cuidar dos lares, dos maridos e se depois sobrasse tempo, então poderiam cuidar delas. Era um a pessoa normal, com o rosto marcado pelo tempo. Tinha pouca instrução. Andou na escola o tempo suficiente para aprender a ler, a escrever, fazer contas aritméticas. Atingidos estes objectivos, estava preparada para a vida. Casou teve filhos, neste caso 3 filhas. Cuidava da família, da casa, dos campos e ainda arranjava tempo também, para tosquiar umas ovelhas e contribuir com mais alguns centavos para o orçamento. As mãos estavam calejadas da enxada, a pele queimada, ora do frio gélido do Inverno, ora do calor seco e abafado do verão. As suas feições eram marcadas, as rugas nunca foram disfarçadas, ainda se agravaram quando decidiu trocar os dentes problemáticos por próteses. A perda de alguma visão fizeram-na usar óculos que afundaram ainda mais os olhos. O cabelo estava sempre esticado e enrolado atrás num rolo que parecia aqueles capachos de pano que as varinas usavam para não magoar a cabeça quando transportavam as canastras do peixe
Nada podia falhar, pelo menos na altura em que a família estava presente, estes “reis” de sua casa, proporcionavam á sua prole, o melhor que tinham para oferecer. Talvez uma tentativa de compensar o aperto e faltas de outros tempos, as privações impostas com medo e repressão de ditadura caseira.
Acabado o jantar, vinha a conversa. Era o convívio, que passados alguns anos, se transformou num debate de três gerações diferentes. Um exemplo do chamado “Generation Gap”. Cada geração com a sua razão, com a sua ideologia, cada um com a sua sabedoria. Mas enquanto a ingenuidade tapava os olhos da garotada, fazia-se conta ao tempo para ir abri as prendas. Era meio ano a espera de abrir um presente, agora outro só para os anos, e esses eram para o fim da primavera. Era muita expectativa, pois nunca o pai natal acertava com o meu pedido. Devia ser surdo, ou então “gritos mudos não bradam aos céus.” Passava-se mais um tempo a brincar com a novidade. De seguida ia tudo para a cama. Os mais novos partilhavam as camas. A casa tinha apenas 3 quartos, que eram para os casais. Os mais novos dormiam em comunidade, numa camarata improvisada na sala que só servia para receber o padre na Visita Pascal. Nessa altura, a mesa quadrada no centro da divisão, levava uma toalha branca e por cima diversas iguarias a compor a mesa para receber a visita do senhor Prior e assim abençoar o lar. Tirando essa altura, só era utilizada com museu, havendo o cuidado da devida manutenção dos bibelots.
Hoje já não romarias. O patriarca deu alma ao criador, a matriarca teima manter a sua vida e a sua independência, vive no seu reino , à sua maneira. Os netos, cada um tem a sua vida, uma multiplicações de vidas que levam a outras escolhas e a outros rumos. A matriarca vai pendente ora para um lado, ora para o outro. Com o tempo os cabelos tornaram-se brancos, a pele mais seca, as rugas mais acentuadas, a memoria mais esquecida. A genica é muita mas não a mesma de outrora. Já lhe dissera várias vezes: “tomara eu chegar a sua idade e com a sua saúde”. Vai levando a vida como quer, façam-lhe a vontade. Mais vale viver como se quer do que com imposição dos outros. Não há nada como a nossa casa, por melhor que a casa de alguém, a nossa casa é sempre o nosso lugar. Ela sabe-o bem, é isso que ela quer. Na sua casa, ela é a rainha, na casa de outrem é sempre outro elemento. Enquanto tiver forças para se manter no seu trono, seja feita a sua vontade…
Um grande abraço a todos. Volto para a semana…

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

..."Magalhães" que futuro???...

Boas tardes a todos, taberneiros e clientela "militante" desta humilde tasca...
E hoje, vou "servir" um prato muito controverso, que é "Magalhães à Socrates"...
É que estamos a cometer o mesmo erro que fizemos no passado, com a educação... Verificámos uma lacuna, e formatámos todos da mesma forma...

Aqui à quinze anos atrás quando se começou a massificar e a democratizar o ensino superior, dizia-se que o que era preciso era ter um curso superior não interessava qual nem onde, apenas nos indicavam como caminho único o ensino superior...
Não eram feitos testes, que nos ajudassem a ver qual era a melhor apetência individual de cada um, nem existia aconselhamento psicológico e com a falta de educação da maioria dos nossos pais, que tinham sido educados a trabalhar de sol a sol desde tenra idade, em que os estudos eram completamente desprezados(como convinha às elites dominantes).

Assim, a escolha era feita na idade dos sonhos ainda com a ilusão de que vamos mudar o mundo, ou seja, pressupostos que são do pior para se poder fazer uma escolha racional, lógica e coerente que vai condiconar o futuro.
Depois havia outros factores, como "fugir" à matemática logo no 9ºano, condicionando para o resto da vida o futuro, isto aos 15 anos...

Portanto o discurso vigente era que havia falta de doutores na sociedade portuguesa, por isso tudo para as universidades, depois viu-se que afinal a tal sociedade não tem capacidade para absorver todos os doutores e engenheiros que saiem das universidades e politécnicos todos os anos...porquê? simples, temos o tecido empresarial formado por 80% de PME's sem capacidade financeira para pagar a esses eng. e doutores...

O que era previsivel, mas a mensagem que era relevada na comunicação social, é que ser doutor ou eng é que é bom, as universidades privadas cresciam a um ritmo alucinante em todo o lado e com preços exorbitantes...hoje estão falidas e sem alunos que consigam suportar as respectivas estruturas...
Mas neste ambiente as escolas profissionais que nessa altura estavam a começar, não tinham espaço para poder concorrer contra universidades e politécnicos...

Porque acredito que quem tenha feito a escolha do curso técnico dessas escolas, hoje está melhor na vida profissional que muitos doutores e eng e também acredito que uma percentagem elevada do empreendodorismo do nosso país são jovens que vem com esse saber mais prático mais adaptado à realidade nacional...a quem PME'S já podem pagar...

Voltemos agora aos dias de hoje...detectado o erro falta de formação nas áreas da multimédia e informática, faz-se o mesmo para todos e todos passam a ser "informatizados"...ok...dá-se um portátil a cada criancinha e depois?...
Quando esta criancinha crescer "viciada" nas informáticas, chegando à altura de escolher a profissão...
Acham que vai escolher, a construção civil?, canalizador?, limpezas?, trabalhar num supermecado ou numa pastelaria?, electricista?, etc...
Vamos se calhar vamos ter que telefonar para Kiev (capital da Ucrânia) para vir um canalizador arranjar um cano routo...

Os portugueses parecem aqueles cães que andam sempre muito alegres e saltitantes, mas quando o dono se vai embora, distrai-se com o seu desporto favorito andar atrás da sua propria cauda...
Ou seja, a história persegue-nos e é cíclica, não conseguimos quebrar e mudar os ciclos...

Por hoje não incomodo mais...

PS- Lançamento do "Power Pá Naite" em versão cházinho quentinho para combater o frio, por um preço tascol...1 eurol...

Jaquim Pimpão

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Rapidinho!

Boa tarde caros taberneiros e clientes!!
Hoje venho cá só para assinar o "livro de ponto" e por-me na alheta. Claro que qqr semelhança entre isto e os nossos caríssimos deputados é pura coincidência.
Lá chegará a altura em que os professores assinam o sumário e piram-se, que os ppl dos bancos fecha o estaminé, que a malta dos cafés deixa os clientes à porta...
Afinal, se os caríssimos da Assembleia representam-nos, teremos que seguir o exemplo.

Com esta me despeço, até para a semana

Pipas de Vinho!
Torrão de Alicante

P.S. E desta vez sem rodada, já estou de saída!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pois que vinha colocar um postezinho depois de longa ausência (entre sábados a trabalho e o último no hospital de Leiria - e que ia dar origem ao post esta semana), mas já cá está outro post, e não vale a pena duplicar ... Portanto, fica para semana. Assim pode ser que também surja um tema mais interessante, visto que sete horas nas urgências do Hospital de Sto. André não iam dar um post muito alegre, não senhor...

Luzes de Natal...........

Ora muito bom dia bonecos....
Aqui estamos mais uma vez nesta nossa tasca que, também ela não escapa à enfeites natalícios....
Meus parabéns ao responsável.
Hoje, imbuída pelo espírito natalício, decidi contar–vos uma novidade.
Sim, sim.....uma novidade.
Cá vai.....
Amiguinhos e amiguinhas, tenho-vos a dizer que a crise chegou ao fim.
Admirados, perguntam vocês: a crise chegou ao fim? O que está ela para aqui a dizer....
Então reflitam comigo..............
Ai e tal... porque ganhamos pouco...
Ai e tal....porque a vida está cara....
Ai e tal...porque com o pagamento da renda, luz e água, vai-se o dinheiro todo...
Esta é a conversa do dia e da treta....
Bolas...
Ai é assim????
Já se deram conta dos exageros que se praticam nesta época do ano?
Mas como é?
A luz não está cara, carago?
Está tudo iluminado....
Pelas ruas só se vê luzinhas a acender e a apagar......
Mas não falo, na iluminação de rua.....essa é brejeira. Então na cidade de Braga.... Que pobreza. (Então, não é que em vez de colocar estrelas, meninos Jesus, Pais Natal a decorar a cidade, o meu Mesquita Machado se lembrou de decorar a cidade com motivos alegóricos dedicados aos tempos romanos. Valha-nos o cristo.... Mas isso é outro assunto....
Bem, voltando atrás....
Falo mesmo nas casas das pessoas.
Nas varandas, janelas e jardins dos portugueses. Está tudo repleto de piscas-piscas.
São luzes de todas as cores a piscar. Que exagero.....
No outro dia, a caminho de casa, até àrvores em casas de particulares vi enfeitadas. Mas não era uma pequena àrvore, porque assim eu acharia vulgar. A árvore era enorme, era muito alta mesmo.
Ainda hoje me perguntei como é que o dono fez aquilo.....
O trabalho que o homem teve. E luz que ele não vai gastar!?
Logo à frente, uma outra casa....também esta com árvores altissímas enfeitadas.
Ainda pensei que naquela poderia haver casa um estabelecimento comercial: um café, um pequeno mercado, porque assim até assim acharia noraml. Mas qual quê?
Está tudo doido....que loucura....
Chega-se a cair no ridículo, com tanta luzinha.....
Sorte? Tenhem os chinezinhos, que nesta época do ano ainda facturam e muito com a venda dos “empiscas-empiscas” como dizem algumas pessoas, cá do norte.
Sabem o que eu digo.....
- Quero voltar para a ilha!?!?
BOAS FESTAS, BOAS FESTAS.....PRENDINHAS, PRENDINHAS.....UPIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

Desculpa Imita Alces

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

É Natal, é Natal...

Caros amigos clientes e taberneiros,

Chegou o Natal e assim mais uma ocasião para nos encontrarmos. A Torrão já fez aqui o seu apelo a um jantar de Natal e agora disse-me que me dava com o stick se eu não voltasse a falar no assunto. Como não duvido que ela aproveitasse qualquer ocasião para me dar uma valente enchente de porrada com o instrumento desportivo favorito dela resolvi não arriscar (como podem ver ela está cheia de espírito natalício).

Assim apelo a todos que usem o espaço de comentários deste post para dar opiniões sobre o dia, o local... enfim, o costume.

Até breve!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O meu "trabalho"...

Bom dia Caríssimos colegas de “Trabalho”, clientes e amigos. Estamos presentes para mais um dia de escárnio, maldizer e muita, mesmo muita treta
Ora cá estou para mais um dia de trabalho, abri a tasca e o frio ainda se sentia na rua. Por cima dos carros estacionados, havia ainda gelo que derretia aos primeiros raios de sol do dia… o sol… o sol que derrete o gelo, aquece corações, dá energia…O gelo ainda durava nesta fria manha. As pessoas circulavam apressadas rumo ao trabalho, protegidas com cachecóis e alguns animais mortos nas golas dos casacos. As mãos não se viam, tapadas com luvas, ou simplesmente, escondidas da brisa matinal, nos bolsos do vestuário. Eu sentia algum frio também, nada que não tivesse passado com o primeiro gole de aguardente do dia. O que aquece o corpo aquece a alma, e essa quer-se bem quente. Pouco passava das 9 horas e chegava o primeiro cliente. Servia assim logo pela manha o primeiro café ao cliente habitual do escritório do lado. Faço um dueto com as palavras dele: “ não consigo trabalhar sem o café”. Eu acho que é do cheirinho que completa a cafeína, mas também nunca ouvi um doido assumir que o é. Aproveitamos e trocamos dois minutos de conversa, o tempo isto, o governo aquilo, este não fez isto e o outro diz que faz, mas não vejo nada. O costume. Ainda não estou a acabar a conversa, aparece o “Arrumas”. Os primeiros carros que orientou no parque de estacionamento já renderam uns cêntimos para o bagaço. Mesmo quando não rendem, deixa a conta pendurada. Compreendo a sede dele, é desumano deixa-lo em tamanho sofrimento. Mais vale despachar o pendura, assim não dá mau aspecto ao Tasco.
A meio da manha, abrem as cancelas. È uma enchente de clientes que aproveitam o intervalo da bucha matinal para aconchegar o estômago, molhar a boca e matar o vício da nicotina. Cá estamos nós para servir na pausa, para dar ao cliente o jornal, passarem a vista e lerem as letras gordas. Outros estão agarrados ao telefone a conversar ou a “teclarsms’s… Modernices dos tempos modernos. Ainda mal comeram e beberam já estão com pressa de pagar. O patrão não perdoa atrasos, nós aqui muito menos aceitamos calotes. Fiado só amanha ou então com autorização da figura de Bordalo Pinheiro. É também pela manha que aparecem os nossos clientes mais habituais. Alguns falam alguma coisa. Outros nem por isso, entram calados e saem mudos, o silencio fala por eles, apenas arrancamos um sorriso quando são servidos. Outros falam por outros tantos. Estou convicto que não têm quem os ouça ou os compreenda. Encontram aqui o refúgio da liberdade, o espaço liberal, onde há quem os ouça e compreenda. Somos o “filho” do reformado que vive sozinho. A mulher morreu, os filhos estão longe, fisicamente também. Enquanto aqui está vai se mantendo vivo. Se tivesse isolado, porventura já se tinha apagado. Como ele há muitos, infelizmente, este é que teve a sorte de ter descontado enquanto trabalhou e agora ainda pode usufruir de alguns cafés e algumas cervejas. Há muitos que nem para os medicamentes têm dinheiro. A bica é um luxo do Fim-de-semana.
No que respeita a clientes, temos de tudo. Do mais “Borrachão” ao adepto do Ucal aquecido, do comedor descontrolado ao viciado no Nutricionista. Esta panóplia da diversidade torna este espaço único, singular. Aqui vem o Dr. Juiz, o General, o médico, o professor, o varredor, a sopeira, o mecânico e o aprendiz. Não há distinção, todos são bem vindos, todos são ouvidos e todos são atendidos. Só não queremos a ASAE, esses podem sempre enganar no caminho para cá.
Há certos clientes que não dão a mínima hipótese de saber nada deles, entram, saem, voltam no dia seguinte. O que ouço deles é o bom dia, o pedido e nada mais. Alguns deles sentam no canto, olham para o jornal que trazem debaixo do braço. Olham em redor mas sentem-se desintegrados. Mas por estranho que pareça, sentem-se bem por ninguém os conhecer. É um mundo à parte no meio de todos. Alguns escrevem ou tiram apontamentos, tenho duvidas se são escritores ou agentes de informação. São humanos como todos os outros. Apenas mais atentos ao que se passa, fixados no pormenor, mas alienados das pessoas. Por vezes parece que conseguem ver o interior do “alvo”, mas dificilmente conseguem interagir com alguém. Contradição, perder tanto tempo para perceber, e o objectivo é simplesmente perceber, não há interacção, diálogo ou comunicação. É uma cerca que permite a visão para o exterior mas isola o indivíduo em si, nos seus fantasmas, nos seus medos.
Na tasca nada pára, tudo está em constante movimento. É o convívio dos clientes, dos amigos e é claro, dos taberneiros. Esta comunidade única que está quase a celebrar o primeiro natal. Natal é natal. O povo corre atrás das prendas, é sacos, sacos e mais sacos. As filas nos hipermercados para os embrulhos, os “Ça-va’s” a chegarem com as “chapas amarelas”. Acabou o sossego. As ruas começam a estar iluminadas á noite, as lojas abertas ao fim-de-semana… é o consumismo, é a globalização do nascimento do filho de Deus, transformado em negócio. É a altura do ano em que se juntam a mesa para mostrar sorrisos, na tentativa de ofuscar um ano inteiro de empurrões, maus tratos e omissões. Mais um ano que se vai abrir um presente, e se pede aos santos para que não seja mais um par de peúgas ou cuecas de gola alta. Mais um ano de frustração para a criança que não recebe aquilo que tinha escrito na carta enviada ao Pai natal. Mais um trauma que o petiz vai acumular, porque a resposta que lhe dão, é que como se portou mal, o pai natal castigou-a… e os adultos? Esses recebem um presente simples e dizem que o importante é o intenção, mas no fundo pensam “para o ano vai ver o que te vou dar, embrulho o que me deste e vamos ver se gostas filho da p***” é o ser humano ao seu melhor nível, isento de pretensões, ambição e com muita partilha. É o espírito do amor de Cristo, a Paz na terra, aos homens, o apelo do Papa ao fim da guerra no mundo, alimentado por ele e por outros líderes religiosos. São as palavras de falsas esperança por parte de Presidentes e Ministros. É a corrida aos fundos de reforma, numa tentativa de não pagar tanto imposto.
Meus amigos, isto tudo é o aproximar do natal, é o inicio do fim do ano. Vem ao de cima a bondade humana ao seu melhor nível, a hipocrisia no seu estado mais puro. Apetece cantar aquela musica “ Matei o pai natal, com uma facada nas costas”
Bem dou por terminado este meu “trabalho” de hoje. Comunico que devo ganhar mais uma vez o prémio de Maior post, com um total de 1161 palavras. Podem conferir, basta colocarem este texto numa folha de WORD, irem a FERRAMENTAS e clicarem em CONTADOR DE PALAVRAS, lá podarão constatar que agora já tenho1187 palavras.Um grande abraço a todos, despeço com amizade e com um forte abraço para todos, finalizando estas “palavras” que pretendo serem uma imagem nos vossos corações. Final de texto com a totalidade de 1226 palavras escritas e 5710 caracteres.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

...O país dos "Tótós"...

Ora, muitas boas tardes...

Hoje vou falar de um fenómeno curioso, que é também uma teoria pessoal...acerca do tratamento das estatísticas portuguesas...
Porque há coisas que não me encaixam na cabeça, e como me ensinaram a ser racional e lógico no pensamento, depois não consigo perceber certas estatísticas...
E principalmente penso que somos uns "totós", ao nível da União Europeia, porque enviamos as estatísticas todas certinhas e direitinhas para o Eurostat(instituto da UE que trata as estatísticas de todos os países da UE)e para a OCDE, instituições mui nobres mas que não estão imunes a "lobbys" e a "sofrerem" fraudes estatísticas por parte de certos países que convenhamos não são de grande "honestidade" na sua actuação...

E agora, imagino que estejam a pensar "...mas do que é que ele está falar..." por isso, vou dar exemplos, Portugal aparece neste momento como o 18º país entre os 27 da UE ao nível do rendimento (PIB-Per Capita) no entanto, apesar de sermos fraquinhos no rendimento, estamos entre os 2 primeiros no consumo de droga...ou seja, não temos muito dinheiro mas o pouco que temos é gasto em droga, que me digam que somos a maior porta de entrada da Europa de droga, concordo porque temos uma vasta costa com uma vigilância reduzida e fraca em termos de recursos humanos e meios disponiveis.
E os países mais ricos (Alemanha, Holanda, Espanha, Itália, França) aparecem atrás de nós no consumo de droga, eu já estive em alguns destes países e não me parece que a estatística esteja correcta...
O que eu penso que acontece, é o seguinte aqui os "tótós" quando são pedidas as estatísticas ao INE, eles enviam tudo certinho enquanto que existem países que enviam sim senhor mas manipuladas e depois dá nisto...

Para a OCDE nós somos dos países mais atrasados ao nível da educação, o que não deixa de ser verdade, no entanto existem alguns aspectos que tem que ser tidos em conta, enquanto que os americanos à muitos anos que utilizam o famoso método do "teste americano" para todos os níveis de ensino, o que convenhamos é bem mais fácil que os exames que o nosso país realiza, ou melhor realizava porque parece que também enveradamos por este caminho neste momento...
É lógico que com este método é bem mais fácil ter licenciados, ou com cursos médios(12º)coisa que nos faz falta, ou seja, outros países há muito tempo que optaram pelo caminho do facilitismo na educação e depois aparecem nos rankings (da OCDE) muito bem colocados e aqui os portugas ficam para último...

E "Bolonha" veio uniformizar pela bitola anglosaxónica e americana, daí a grande complexidade e dificuldade do nosso país em se adaptar a "Bolonha"...

Neste momento, o governo optou por fazer o nosso país subir uns degraus nas estatísticas internacionais, em detrimento da "qualidade" se está bem ou mal, não sei mas se os outros fazem é "legitimo" que Portugal vá pelo caminho do facilitismo...


Jaquim Pimpão

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Natal!!

Boa tarde a todos!!
Como podem ver o nosso taberneiro Jeremias já deu um toque especial de Natal aqui ao Tascol :D é sempre bom termos este espírito natalício.
Nesta altura do ano eu fico completamente "hipnotizada" com o Natal e tudo o que lhe está associado. Ai começo a pensar na verdadeira razão do Natal e chego à conclusão que cada vez está mais comercial e menos solidário.
Se queremos ouvir músicas alusivas compramos o CD, se queremos dar um ar de "Pai Natal" temos que comprar o barrete ou o próprio fato, a sineta, as barbas (para quem não as tem), etc. Como gostamos de dar prendas há sempre uma lista interminável de pessoas a quem oferecer. A consoada fica sempre muito dispendiosa com o belo do bacalhau, os cuscurões, as velhoses e afins.
Penso que deviamos pensar mais no significado de partilha e solidariedade e menos em despesismos.

Hoje fico por aqui a deixar-vos pensar sobre isto.

Pipas de Vinho!!

Torrão de Alicante

domingo, 7 de dezembro de 2008

Microgeração

Ora viva,

Hoje vou voltar àquele tema do qual é hábito falar: As energias alternativas.

E vou falar de uma iniciativa da EDP que se chama, My Energy Microgeração EDP.

Por uma questão de princípio esta iniciativa tem todo o mérito, pois, para além de incentivar a geração de energia nas nossas próprias casas a partir de fontes de energia renováveis, permite-mos também vender os nossos excedentes á própria EDP.

De facto à primeira vista parece ser interessante. No entanto após uma breve análise das condições que estão implícitas talvez não seja tão favorável quanto isso.

Seja como for merece uma análise mais detalhada por parte de cada um de nós, mais ainda, este é com certeza um dos primeiros passos para um futuro cada vez mais dinâmico no que toca a geração de energia eléctrica para uso doméstico. Pelo menos assim espero.

Fica o link:

http://www.eco.edp.pt/pt/particulares/produtos_edp/myenergy/lista.aspx

Traçadinhos

Auto da Tasca - Zé Manel

sábado, 6 de dezembro de 2008

Simplesmente bizarro

No momento não me apraz nada dizer pois estou perplexa com o que vi num programa do canal Odisseia. Neste programa, falava-se sobre doenças raras....
Amigos, espreitem só este site e depois manifestem-se. Ele chama-se DEDE, foi artista de circo durante alguns anos da sua vida. Pobre homem......A forma encontrada para sobreviver era mostrando-se ao mundo pois ninguém lhe dava emprego...pudera!?!?
Espreitem os sites e depois manifestem-se. É extremanente interessante...


http://tecnocientista.info/hype.asp?cod=6234

http://www.discoverychannel.co.uk/web/my-shocking-story/

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um país de Einsteins

Os números não mentem. O esforço preocupado da Ministra da educação, professores do país inteiro e demais actores no contexto educativo levaram a que, em um ano, duplicasse o número de aprovações a matemática.
Passámos a ter um país de génios. Uma geração de pequenos Einsteins. Esqueçam Pitágoras, Newton, Liebnitz ou Euler. Os grandes matemáticos do futuro terão nomes como Tomané e Cajó.

É claro que a Europa e os EUA, invejosos que são, não perderam tempo em nos denegrir. Num estudo realizado internacionalmente somos uma das piores nações a matemática nos países da OCDE.
Pura inveja. Devem ter sido os Suecos ou os Noruegueses, essas nações mesquinhas que só vivem para os números e não têm qualidade de vida, a subornar os investigadores e a ficarem com a fama de pessoas trabalhadoras e estudiosas.

Eu por cá não me preocupo. Sei que um dia vamos mostrar ao mundo os frutos que estamos a colher com estas sementes que plantamos. E mal posso esperar pelo dia em que estes Cajós e Tomanés vão usar o seu conhecimento, a sua ciência e a sua engenharia para edificar as nossas pontes, calibrar os instrumentos médicos dos nossos hospitais e estiverem responsáveis pelo software que regula as redes elétricas da nossa nação.
Nesse dia, e a partir desse dia, mostraremos quem somos a esses países da Europa do norte.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

o Post (H)it...




Já fiz o sugerido, pode ser que dê resultado para a semana que vem

Um forte abraço a todos

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O exercício do "E se..."

Boas tardes...a todos os taberneiros e fiel clientela...
Ao contrário do que se possa pensar, apesar de ter o tempo muito ocupado, com vida profissional e vida escolar e não só...
Não consigo evitar, vir à terça-feira, deixar o meu "bitaite" da ordem, já é mais forte do que eu...peço desculpa...mas tem que ser...
E como disse F.Pessoa, acerca da Coca-Cola, eu digo o mesmo da nossa bela tasca, "...primeiro estranha-se depois entranha-se..."...

Esta semana, vou fazer um pequeno exercício, que um dia destes fiz mentalmente...
E é um exercício, que muitas vezes nós portugueses fazemos, o exercício dos..."Se's...e se..."...
No pós eleições eleitorais americanas, coloquei a seguinte questão...
E se o sr B.Obama fosse de raça branca? teria a mesma votação? será que ganhava?
Estas perguntas colocadas a nós europeus, à primeira vista vão me responder "...claro que ganhava...o que conta é a mensagem e a qualidade da pessoa..." e aqui está para mim o busílis da questão, é que se o sr.Obama fosse de raça branca a mensagem era diferente e mudando a mensagem, os resultados serão necessariamente diferentes...
E o meu argumento é o seguinte, é que a mensagem do sr.Obama foi construida com base nas questões raciais, mas inteligentemente de forma sublimar, ou seja, não é uma mensagem directa está "escondida" porque a sua interpretação é muito "subjectiva"...
O slogan "Yes, we can..." claramente é apelar e a dizer aos afro-amercicanos(termo que eu detesto) e aos hispânicos, "...nós podemos ser poder, nós podemos ser governo, acreditem...", para mim a frase é dirigida claramente a estes dois "targets"(públicos) depois é muito bem associada para atingir outros públicos...através da utilização da palavra "...mudança..." e isto já todos os "targets" estavam desjosos nos "States" só faltava, a alguém que acendesse o "rastilho", papel que coube o Obama aproveitou e muito bem...
E este slogan foi o motor da campanha de Obama, que resultou na sua eleição...
Mas "se" o sr.Obama fosse de raça branca, esta frase já não teria o impacto que teve, porque imaginem um sr. "branco" a dizer aos afro-americanos e hispânicos "Yes we can..." pois é, penso que iria soar a "falso" e então teriamos um "branco" contra outro "branco" e se calhar o resultado eleitoral poderia ser substancialmente diferente...
Embora eu seja da opinião que a eleição do sr.Obama, foi uma acto de revolta silenciosa, por parte dos afro-americanos e dos hispânicos,até por terem sido umas das eleições mais concorridas dos EUA...
E isto estava previsto, mas não para agora, porque os dados estatísticos americanos indicam que em 2015, 51% dos nascimentos nos EUA serão de ascendencia hispânica e afro-americana...

Apesar destes meus "Se's" todos gostava de acreditar que o sr. Obama foi eleito pelas suas capacidades técnicas, de oratória e de abertura ao diálogo com resto do mundo...


PS - Apelo a todos os taberneiros a colocarem o slogan do sr.Obama, num "post it" no computador do trabalho..."Yes I can" escrever na Tasca..."Yes I can..."


Jaquim Pimpão

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

E porque não uma jantarada??

Olá a todos!
Com tanta crise que vem assistindo e como a época que se aproxima é tão bonita,resolvi dar uma trégua em assuntos que deprimentes e que nos põe ainda piores. Assim sendo achei melhor falar de coisas um pouco mais alegres e festivas.
Como a época que se avizinha é de convívio e partilha porque não uma jantarada bem regada e com bons petiscos para celebrar esta altura do ano...
Aceitam-se sugestões de dias e de locais. A tasca já vai estando toda enfeitada com muita luz e cor ansiando pelo dia da festa :D

Sai uma rodada natalícia para todos.

Pipas de Vinho!!
Torrão de Alicante

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Historia e opinião

Os historiadores andam atarefados. Com a saída de Bush da Casa Branca começa-se a fazer um balanço da sua presidência e a fazer prognósticos sobre a forma como a sua ciência, a "História" o verá. E as primeiras impressões não são animadoras. Uma reportagem da CNN diz que a "História" o poderá ver como "incompetente".

Eu não partilho necessariamente desta visão apressada e identifico-me mais com a opinião de outros historiadores que invocam as circunstâncias e conjuntura mundial para mostrar que Bush, ao contrário dos seus antecessores, não teve a vida fácil.

Veja-se Bill Clinton. Herdou a América livre da guerra fria de Reagan. Saíu antes da América do terrorismo de Bush. Governou em paz e colocou ordem na casa. É um presidente amado. Como não poderia ser? As circunstâncias eram boas.

Bush, porém, começou a governar com o episódio do 11 de Setembro. Enfrentou ameaças dos Países Árabes e tomou decisões difíceis, como a invasão do Afeganistão e Iraque. Teve de lidar com uma Coreia do Norte que dizia "vamos fazer mísseis nucleares e rebentar com isto tudo" e um Irão que dizia "Queremos um programa nuclear para fins pacíficos mas queremos varrer Israel do mapa ao mesmo tempo que negamos categoricamente a existência do Holocausto".
Bush herdou também catástrofes naturais graves, como o Katrina, e instabilidades económicas como a que se assiste agora.

Teve Bush culpa destes "males"? Alguns dizem que Bush poderá ter pago por alguns erros da administração anterior; o fracasso dos serviços secretos em prevêr o 11 de Setembro poderá ter sido, em certa medida, um erro vindo da administração Clinton. Mas outros culpam Bush directamente por muito dos males que lhe surgiram porque a forma como lidou com esses males agravou a sua importância.

Pessoalmente acho que Bush não teve a vida nada facilitada. Não terá sido fácil decidir o que fazer depois de ver o World Trade Center e o Pentágono em chamas. Ou saber o que fazer a Saddam quando este não permitiu 12 inspecções das Nações Unidas ao seu programa nuclear aumentando o medo que este estivesse a desenvolver um programa nuclear secreto (Saddam já usara armas químicas, e precisamente contra parte do seu povo, a etnia Curda). Ou o que fazer dos ditadores do que ele roturou "eixo do mal" (Coréia do Norte e Irão).

Assim, olhando para os factos como aconteceram, o julgamento que faço de Bush não é o das decisões que tomou que, com o tempo, se revelaram erradas . A maior crítica que faço a Bush é o de nunca ter reconhecido que errou. Até ao fim vimos um presidente que obstinadamente não quis reconhecer as más decisões que tomou e a gravidade das suas consequências. E isto, parece-me, pode ser mais grave que as próprias decisões e o legado deste extremamente impopular presidente .

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Alegoria à..."Crise"

Boas tardes,

Como esperava, estou vivo e de saúde a minha opinião referente à situação dos professores não suscitou grande entusisamo na Tasca, ao contrário do que eu pensava, mas é a vida triste de taberneiro...mas não se desiste nem se desanima...Mas existem "culpados" como o sr.Paulo Bento que resolveu "tirar-me" o protagnonismo com a sua frase "bombástica" "Isto já me nojo"...ah e também mais uma exibição excepcional do "menino" bonito do país, C.Ronaldo...tanto futebol abafa qualquer taberneiro, resta-me remar contra a maré, por isso aqui estou...

Mas pronto há a "crise" um tema sempre actual num país em crise desde a revolução de Abril 74, ou seja, desde que me conheço que vivo em "crise", ou seja, vivi sempre em "crise"...se vivi sempre em "crise",é porque esta é o "estado normal" do país e por consequência o meu...

Então não sei o que é viver sem "crise", mas sei porque toda a gente o diz, "esta é pior", porque a anterior era crise...mas era fraquinha...

Chego à conclusão que a "crise" é um estado patológico português, por muito que o país evolua, por muito que a vida individual de cada cidadão melhore, estamos sempre e ouvimos falar sempre em "crise"...

Eu até tenho receio se algum dia o país melhora, porque tenho medo de viver em algo diferente que não seja a "crise", será uma coisa totalmente nova para mim...

Houve alturas em que pensei que a "crise" era uma pessoa, pensei mesmo ir atrás dela para pedir-lhe explicações, perguntar-lhe ..."Por que no te mudas???"...e acreditei mesmo que ela era real de carne e osso... mas depois foi a desilusão, do tamanho daquela de quando descobrimos que o Pai Natal não existe...

Agora convivo com ela, já me habituei a ela e seria dificil viver sem ela...

Por isso, quero continuar a viver com a crise no país do "Magalhães" que tem só a maior árvore de Natal da Europa com 1 600 000 lâmpadas a consumir energia, que deveria ser consumida com moderação em tempos de "crise", no país da Europa com índice de confiança do consumidor em relação ao futuro mais baixo, reflectido no maior rácio de telemóveis "per capita" do mundo e com os topos de gama a serem os mais vendidos, lá está é a "crise" que induz a isto porque as pessoas ficam deprimidas e depois "vingam-se" comprando telemóveis "baratinhos"...

E prontos amigos...é a "crise"...

PS - Como estamos em crise...e o frio e a chuva começam a "apertar"...a promoção da semana é...a bebida original da "Tasca" fabrico caseiro segundo métodos ancestrais..."POWER PÁ NAITE" com sabor a couve...acompanhado da bela da castanha assada...tudo por um preço fantástico...1 "eurol"...

Jaquim Pimpão

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Assim vai a Educação

Boa tarde a todos!!
Foi com alguma indignação que li o post do nosso taberneiro Jaquim Pimpão...
É incrível a forma como as coisas chegam ao público através dos meios da comunicação social...
Precisamente por ser um estudante universitário, eu que pensava que o nosso amigo taberneiro não se deixava levar com tanta facilidade com as ideias que nos são transmitidas através da comunicação social. Eu eu sei do que falo porque conheço uma boa quantidade de professores do ensino básico e secundário e posso garantir que a grande maioria deles quer ser avaliado, o que contestam é este método de avaliação que a "Lurdinhas" tem vindo a aligeirar pq finalmente percebeu que era impossível de ser aplicado.
Quando ouço professores a dizerem que ficaram "pendurados" num escalão por 2 ou 3 dias e que agr ñ podem chegar ao topo da carreira acham isso justo? Quando ha pessoas que tem pontuação abaixo dos 100 e são neste momento professores titulares pq no grupo não havia professores suficientes com pontuação superior e há grupos que professores com melhor pontuação não subiram pq já havia muitos, acham isso justo?
Depois ouvimos a Ministra dizer que todos os que subiram a professores titulares foi por mérito absoluto... tem uma certa piada.

Por hoje é tudo, sai uma rodada para todos!

Pipas de Vinho!

Torrão de Alicante

domingo, 23 de novembro de 2008

Geocaching

Boa tarde,

Antes de mais, quero dizer aos nossos taberneiros e estimados clientes que apesar de ser minha intenção, nas últimas duas semanas me foi completamente impossível partilhar um momento convosco. Contudo, esta semana estou de volta.

Hoje vou falar-vos de algo que por uns é considerado um passatempo, por outros um desporto. Seja como for que o classifiquem, é sem dúvida interessante.

O Geocaching é uma actividade a nível mundial que permite com o auxílio de um GPS localizar recipientes chamados geocaches onde os participantes colocam itens. Esses itens são descobertos por outros participantes e levados para outros locais.

O interessante de tudo isto é que podem haver geocaches nos mais diversos locais, desde escondidos num qualquer monumento a submersos num rochedo em qual quer ponto do planeta.

A viagem dos nossos itens podem ser acompanhados via web, onde aliás são descritas as experiências dos participantes.

Caso achem a ideia interessante ou pretendam mais informações, podem visitar o site oficial.

http://www.geocaching.com/


Por hoje o meu apontamento fica por aqui.

Até uma próxima oportunidade.


Traçadinhos

Auto da Tasca - Zé Manel

sábado, 22 de novembro de 2008

Telenovelas, com força...............

De dia para dia ao prestar particular atenção à programação dos diferentes canais televisivos portugueses, tanto no que se refere à TVI, como à SIC e à própria RTP, para não deixar de salientar os canais de origem estrangeira tenho constatado que a transmissão de telenovelas tem sofrido aumentos significativos e o público adere de forma entusiástica a este tipo de programas. Inclusive a Chiquita do Amori também tem nos últimos tempos aderido a tal febre.
Mas já alguém se questionou sobre o porquê de tanta adesão?
Muniz Sodré, autor que se dedica ao estudo deste tipo de temática, considera que o sucesso da telenovela, deve-se à combinação de dois ingredientes: “a ficção sem fantasia” e a “moral doméstica”. Na sua perspectiva, a telenovela torna-se assim pelo seu conteúdo uma forma eficaz de entretenimento/ distracção, possibilita a alienação, ou seja, a “saída” de um mundo real, de certa forma cruel, para um mundo imaginário, fantasioso onde tudo acaba sempre bem.
Carissímos, numa altura em que não se fala, senão na crise financeira que está instalada, na recessão económica que atinge os mais diversos países, no crescente aumento do número de desempregados, no baixo nível de confiança dos consumidores, no descontentamento dos professores perante as políticas do governo português, entre outras coisas. Só me apraz dizer duas coisas: Quero novelas!?!? Quero voltar para a ilha!?!?
Pois, mas não posso voltar para a ilha, não me chamo Oliveira e Costa. Não tenho uma casa aqui, outra ali, outra acolá. E quanto a quintas, só tenho a quinta-feira como o comum dos mortais. Tenho que trabalhar, para ganhar uns tostões e ver umas novelas para tentar esquecer a dureza e as injustiças da vida.
Acreditam mesmo que o homem vai ser punido? Prisão preventiva????? Mera formalidade....Mais um que faz o que quer e bem entende e provavelmente sai desta história toda, impune. Pois....é sempre a mesma coisa. Vão todos para o diabo......
Vamos vendo telenovelas, para esquecer. Razão tem, Muniz Sodré.
Boa aposta, a do José Eduardo Moniz. Com a falta de dinheiro que atinge todas as famílias, a melhor forma de distracção é realmente ver telenovelas. Actualmente, nem o futebol pode funcionar como escape, carago.....
Levamos com seis golos. E ganham aqueles tótós milhares de euros.....Venham as telenovelas com força......

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Portugal! Portugal!

Hoje, roubando o tema ao tasqueiro Zé Manel, vou falar de energias alternativas.

Mais em concreto vou falar do "orgulho" que senti ao ler algumas notícias que nos dão a nós portugueses as congratulações pelas apostas que temos feito nestas energias.


Tudo começou quando li na CNN (aqui) que uma nova tecnologia de revestimento de painéis solares podia aumentar a absorção da energia solar de 66% para 96%. E, dizia o investigador americano, esta tecnologia seria excelente para a maior quinta solar do mundo, no Alentejo, porque como também consegue apanhar luz solar de qualquer ângulo podia tornar a nossa central ainda mais eficiente uma vez que parte da energia produzida na nossa central é gasta na rotação dos painéis para se adaptar ao melhor ângulo.

Pesquisando na Internet descobri também que somos muito elogiados pelos "estrangeiros" por ter criado a primeira quinta de ondas comercial do mundo (ver aqui) e estar a construir a maior quinta eólica (ver aqui). E o jornal the guardian (ver aqui), vai mais além:

In less than three years, Portugal has trebled its hydropower capacity,
quadrupled its wind power, and is investing in flagship wave and photovoltaic
plants. Encouraged by long-term guarantees of prices by the state, and not
delayed by planning laws or government indecision, it has proved a success.
Firms are expected to invest £10bn in renewables by 2012 and up to £100bn by
2020.
É bom saber que fazemos algumas coisas boas e espero que esta tasca, com o tempo, tenha cada vez mais razões para publicitar boas notícias.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Afinal, a culpa é d' Ele...

Bom dia caríssimos taberneiros, clientes e amigos.
Estamos aqui reunidos, mais uma vez para o “regabofe” para o conhecimento e alimento da alma.
Venho mandar uma pedrada no charco. Nos últimos tempos temos assistido a uma crise e teimamos colocar as culpas sempre a inocentes. Os culpados são sempre o Barroso porque se foi embora, o Santana porque deitou tudo a baixo, O Sócrates porque não faz isto, o Bush porque bebe aquilo, o Clinton porque meteu aquilo na outra … Mas a verdade verdadinha, o grande responsável da crise é também o mesmo responsável por todas as outras catástrofes, e esses meus senhores, é Ele… o Criador… de todas as coisas visíveis e invisíveis. Se não vejamos, e vou tentar ser suscito:
Se Deus quando criou o mundo, tivesse feito o homem com os mesmos atributos dos outros animais, ou seja, sem a capacidade de pensar, haveria equilíbrio no mundo. Mas na altura Ele lembrou-se de beneficiar uma espécie, que tem vindo a acabar com outras e tenta aniquilar-se a si mesma. O mal não é a extinção do Homem, é que enquanto não é extinto, isto é flagelo… mas o homem tinha de ter inteligência, mas ter inteligência não significa que seja inteligente, pelo contrário. Com a mania da superioridade, leva-o a dominar as outras espécies, e quando isso não chega, há que ser o melhor na sua espécie. Aí chega a desgraça, o filho bate na mãe para fundar uma Nação e como não bastava há que continuar para sul e bater para dominar todos os que apareçam a frente. Nos nossos dias existem uns iluminados que enganam para dominar e a ainda outras que se não conseguirem enganar os que abriram os olhos, dominam pela força mais uma vez, como o outro que diz que põe os tanques na rua, caso a revolução social seja posta em causa com uma derrota nas eleições autárquicas. Mas o erro que tem atormentado mais foi um erro que se seguiu ao dar inteligência ao Homem. Deus tomou uma decisão que não é própria de um ser perfeito. Teve a mania das grandezas e revelou-se aos homens, deu a conhecer os mandamentos, o os seres pensantes organizaram-se. Ora já se está ver, esta organização de pensadores iluminados só veio piorar as coisas. É o mais comum ver os homens, que se dizem mensageiros da palavra Divina, atacarem outros Homólogos, a única diferença está nas vestes e em rituais, um ou outro caracolinho e o tempo da missa. Já me estava a esquecer também dos donativos. Só ainda não inventaram uma religião em que a meio, em vez de passar uma cesta vazia para encher de moedas e notas, passasse uma caderneta de Vales de Compra para hipermercados ou gasolineiras…
Se Deus não tivesse revelado a sua existência, muitas guerras teriam sido evitadas, muitas vidas poupadas e acima de tudo haveria mais paz no mundo. Mas por outro lado não haveria Fátima e outros lugares de peregrinação que não existiriam se não houvesse a dita crença. Da mesma maneira não haveria o Opus Dei, o que nos deixa nas duvidas, qual seria a Obra de José Maria Escrivã. Dado o gosto que tinha por chicotes e flagelação, certamente abriria uma Sex Shop ou um daqueles negócios de Mala Vermelha, para venda porta a porta de acessórios Sado masoquistas e sexuais. Também não haveria o Vaticano, nem o fumo branco quando houvesse um novo Papa… mas também as criancinhas não eram obrigadas a irem todos os domingos a catequese nem á missa, enquanto os pais maior parte das vezes ficam em casa a ver TV. Dizem que os filhos tem de ir, porque sim… Não querem deixar de ter um filho baptizado, não vão a missa nem sequer sabem nada, e dizem mesmo que não querem nada com a igreja, nem se identificam, mas fica bem ter o filho baptizado. Pelo sim pelo não, mais vale baptizar, não nos vá cair a desgraça em casa…e assim vão aumentado a estatística no número de fiéis, o que é certo é que as igrejas estão cada vez mais vazias, e os padres são cada vez menos. Por todos este pecados de culpa e não omissões, Deus tem uma pena perpetua de assistir para toda a sua eternidade, ver a sua obra imperfeita e assumir toda a sua culpa.
Amigos, um forte abraço e um bom dia para todos. E antes de beber, não esqueçam a oração para agradecer o vosso trabalho que realizaram, que proporcionou o dinheiro para poderem usufruir da pinga neste estabelecimento de Cultura e gastronomia.Forte Abraço

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ser do contra...só por ser...

Boas tardes..."camaradas"...para não destoar da crispação politíca, típica a seis meses de eleições, que o partido comunista português consegue sempre instalar através de manipulação dos sindicatos afectos à CGTP...
Infelizmente, vejo pessoas como os professores, que à partida tem instrução mais que suficiente para saber analisar com racionalidade e imparcialidade, a situação actual no entanto deixam-se instrumentalizar por atitudes radicais, cujo o único fundamento é ser do "contra"...
Quando muitas vezes vejo a classe operária apanhada na onda do despedimento repentino, às entradas das fábricas, muitas vezes sem instrução básica a falar na televisão, porque são apanhados por jornalistas sedentos de "sangue", destes tenho pena porque são ignorantes, e maioria das vezes a culpa é das condicionantes dum país pensado para elites e que só à pouco tempo democratizou ensino, saúde ou segurança social...
Agora amigos professores representados, por um senhor sindicalista com bigode à "Lech Walesa" dos anos oitenta, com um discurso de sindicalista dos anos setenta...só penso, tem o que merecem, acho triste e pena não tenho nenhuma...
É verdade, que a Srª Ministra também radicalizou o seu discurso, mas penso que não teve outra hipotese, porque qualquer concessão que ela fizesse não chegaria, o sr "Lech Walesa" seria sempre do contra até que ela cedesse em tudo, é esta a "justiça social" da negociação sindical em Portugal...
Atirem-me areia para os olhos que eu gosto...
Será que esta luta não tinha mais lógica antes das aulas começarem em Julho, Agosto ou Setembro(nesta altura até compreendia a radicalização da luta)? ah peço desculpa e as férias dos senhores professores, que tolice a minha(agora da forma que se está a fazer só me cheira a instrumentalização de pais e alunos para uma luta que não é a deles, ou seja, oportunismo)...Será que o modelo de avalição é o ideal? concerteza que não, é a primeira vez que é implementado lógicamente de certeza que tem que sofrer ajustamentos, mas alguém ouviu a ministra a dizer que não os fazia? eu não ouvi...Propostas concretas dos sindicatos existem? nunca ouvi nada, a não ser "...não queremos este sistema, ponto final"...
Pede-se mais a uma classe letrada e instruida superiormente...por isso, chego à conclusão, que a classe corporativista dos professores não quer ser avaliada,o que é a ironia das ironias, porque quem passa a vida a avaliar não se quer submeter ao mesmo...curioso...mas triste...
E para mim radicalismo vai com respostas radicais, quem não quer colaborar despedimento por justa causa e incorporação do muito sangue novo que está no desemprego com o espírito aberto, e desespera por uma oportunidade de poder dar aulas no ensino público...
Desde já, quem me conhece sabe que eu nunca votei PS e nunca votarei, e sou muito crítico deste governo, no entanto sou ainda estudante universitário e tenho aprendido a ver as questões com racionalidade, isenção e desapaixonado do meu umbigo pessoal...

Por esta semana é tudo...estou à vossa disposição para ser "atacado"..."chicoteado"...não se acanhem eu sou fote e aguento...eheheh...


PS- com tanta crise esta semana não há promoções...

Jaquim Pimpão

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Crise

Boa tarde a todos!!
Tinha esperança que esta crise fosse rápida,que as coisas fossem depressa "ao lugar". Contudo os dias passam e o que se ouve em todo o lado que esta crise não tem fim à vista. Como vamos aguentar em apertar mais 1 vez o cinto?? Sinceramente acho que é melhor o ir vivendo 1 dia de cada vez ou então o pais entra não só em recessão como também em depressão...
Por cá penso que a crise se agudizou na educação com os avanços e recuos na "Lurdinhas". Pois é parece que 100 mil professores formam à manifestação a Lisboa enganados porque segundo a ministra esta manif era política e ñ de descontentamento. Acaba também de passar um atestado de burrice a todos os professores, pais e alunos ao interpretarem de forma incorrecta (segundo o Governo) o "Estatuto do Aluno" relativamente às faltas justificadas. Se todos interpretaram o estatuto da mesma forma, o problema não seria da forma como estava escrito??
Deixo-vos a reflectir com mais uma rodada de traçadinho e minuins.

Pipas de Vinho!!

Torrão de Alicante

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Qualidade de vida

Um dia destes em conversa com uma amiga, falou-se no conceito de qualidade de vida. Dizia ela que, na sua terra tudo ficava perto umas coisas das outras. As pessoas podiam deslocar-se a qualquer organismo público a pé, podiam ir para os seus locais de trabalho a pé, enfim.......são as vantagens de se viver em pequenas, lindas cidades.
Não me posso queixar, pois também posso deslocar-me “by foot” a qualquer lado na minha cidadezinha, não morasse eu, mesmo no centro desta. Para além do que, já temos há algum tempo a loja do cidadão, que alberga enúmeros organismos num só espaço. Interessante conceito, o da loja do cidadão.......
Não, não posso ir a pé para o trabalho.
Trabalho a 50 Km de distância. Tenho que fazer uso dos transportes públicos ou de viatura própria, sendo esta última a eleita, como é óbvio(a cama de manhã é a minha melhor amiga). Eh! Eh!!!!!
De qualquer forma, apesar desse aspecto menos positivo, até considero que tenho um pouco de qualidade de vida.
Pois bem......
O meu local de trabalho tem vista panorâmica para o rio/mar.
As minhas horas de almoço são passadas a apanhar banhos de sol na praia (agora é que estar na praia sabe bem)....
Temperatura ambiente bem mais agradável.
Ninguém para nos aborrecer.
Barulho? Não há.Apenas se ouve o som das ondas do mar e as gaivotas que nesta altura com a praia deserta, são uma presença constante.
Fosse todo o ano assim e a praia apanhava mais vezes a Chiquita do Amori.
Não é, também qualidade de vida ?????
Não me refiro à vista panorâmica mas à tranquila hora do almoço?!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Go Obama, go!

Em 1991 os Estados Unidos, a pedido das Nações Unidas, participaram numa missão na Somália com o objectivo de ajudar a distribuição de alimentos num país que estava dilacerado por senhores da guerra. Mais tarde a missão das Nações Unidas alargou os seus objectivos e, pretendendo reconstruir a nação, interveio militarmente contra agressões a alguns dos seus homens. Os EUA participaram numa destas missões e, como consequência, 19 militares americanos morreram. O episódio é bem conhecido e pode ser visto no filme "Cercados" (BlackHawk down).

Este episódio, altamente desmoralizante para os EUA, fez Bill Clinton e as posteriores administrações diminuir a presença militar em países do 3º mundo onde não estivesse em causa a segurança dos EUA. Como resultado, os EUA não intervieram em alguns massacres que marcaram a década de 90 como o genocídio no Ruanda ou os massacres na Jugoslávia.

Agora é a República Democrática do Congo que tem problemas humanitários gravíssimos e que, se não se actua depressa, poderão tirar a vida de milhares de pessoas. A minha esperança é que Obama, tendo raízes africanas, possa ser mais sensível a estas questões que os seus antecessores. Por outras palavras, defendo uma intervenção militar americana se for necessário. Ou Russa, ou Sueca ou do Nepal. Tanto me faz. Há que ajudar e intervir. E rápido.

Acuso assim uma certa esquerda portuguesa e europeia que, vendo em todas as atitudes bélicas americanas uma forma de "imperialismo", coloquem os EUA na frágil posição de não querer, também por esta razão, intervir em nações subdesenvolvidas. Entendo que as más políticas americanas em vários continentes tenham dado aos EUA uma merecida imagem de potência "neo-colonialista" e "imperialista". Mas isto não significa que os EUA não devam actuar quando a crise é grave e urgente. Há necessidade de uma "Polícia do Mundo" e as nações mais desenvolvidas terão certamente mais responsabilidade que as outras em exercê-la.
A crise na República Democrática do Congo, é grave. Há que intervir. Com acção e não com discursos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Guerra é Guerra, Junqueiro...

Bom dia caros taberneiros, clientes e amigos.
Ora cá estamos nós para mais um dia de S. Martinho, e como diz o velho: “no dia de S. Martinho, vai-se a Tasca e prova-se o vinho”. A sabedoria popular é muito forte, e não a devemos contrariar, tal como os doidos…
O que quero falar é algo que vai contra a minha maneira de ser. Não sou pessoa de ser maldizente, nem gosto de contrariar os outros. Gosto de ter a minha opinião, mas, não faço questão de que todos pensem como eu. O pensamento é como a droga, não se metam nela, ela é pouca e já somos muitos a consumir… Mas vou ser do contra e contestar uma frase proferida em 1886. Portanto o senhor não vai me responder ou mover um processo contra a minha pessoa e esta tasca que publica estas babuseiras. Abílio de Guerra Junqueiro disse há cerca dos Portugueses: “Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas...”. Pois bem, eu com a minha Filosofia de ponta, irei demonstrar que o Guerra estava totalmente enganado, que as suas palavras nada têm a haver com realidade, e que estas foram um devaneio, uma infâmia, uma tentativa de derrubar o Eng. Sócrates, e que a oposição anda a tentar denegrir a imagem do PS, já em 1886. Mesmo antes de o PS ter sido fundado, havia uma tentativa de denegrir a imagem do “Menino de Ouro”.
Guerra chamou “Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo”. Pura mentira, nós somos muito espertos e nunca cruzamos os braços, nós tivemos, por exemplo, de um ano para o outro, uma melhoria na matemática. Esta era uma disciplina em que a grande maioria dos alunos chumbava, com um esforço do governo e do Ministério da educação, os resultados positivos nos exames, quintuplicaram, comparando com o ano anterior. Isto é perseverança, isto é obra de quem é esperto e nunca imbecil. Humilde e Macambúzio nunca! Nós copiámos o pc “Low Coast” e renomeamo-lo de Magalhães, e ainda por cima dissemos que é um projecto inteiramente Português… Onde é que vêm humildade e os Macambúzios? Como podem dizer que somos sonâmbulos e fatalistas? Ninguém anda a dormir e nem vai acabar o mundo, o Benfica não vai ganhar o campeonato e os adeptos ainda não começaram a mandar para a frente dos carros da 2ª Circular… Chamar ao povo Português Burro de carga e Besta de nora é outra mentira grosseira. Ninguém é burro de carga, até porque nós somos muito mais á frente, a malta anda toda de automóvel. Ninguém gosta de transportes públicos, todos têm a sua viatura para ir para o trabalho, e em muitos casos 2 e 3 automóveis por casa, que nesta sociedade moderna há direitos iguais, ele tem, ela tem de ter também. Besta de nora? Impossível, as noras acabaram (noras de moer farinha), a Comunidade Europeia pagou aos agricultores para deixarem de cultivar cereais, logo, as noras já não precisam de bestas para o trabalho. Se houvessem bestas era mau, eram mais uns quantos para o Fundo de Desemprego. …”Aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias”, amigos, neste país moderno ninguém aguenta pauladas, isso lá vai o tempo. Agora há direitos para todos e zero Obrigações. Olhem os alunos, que mandam os professores dar uma volta com bons modos, logo depois vêm os encarregados de educação por trás e completam o serviço, vergonhas ninguém leva para casa, muito menos em sacos, já se perdeu a vergonha toda. Vergonha, é roubar e ser apanhado, até lá… feixes de miséria também não, anda tudo rico, já lá vai o tempo em que uma sardinha dava para duas pessoas.
“… Sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas...” Mais uma infâmia, podemos constatar que nos últimos tempo o que mais tem havido são rebeliões, quer seja manifestações de professores, atirar de ovos ao carro da ministra de Educação por parte de alunos insatisfeitos, ameaça de greve por falta de pagamento de salários aos jogadores de futebol. Há toda uma panóplia de rebeliões que mudam por completo o destino dos portugueses, tendo como o melhor exemplo o concertação de preço por parte das gasolineiras a operar em Portugal, sendo a gasolineira nacional a líder da revolução dos preços, sempre para cima, claro!!! A energia há, e muita, tem é um preço do catano. Mais vale poupar que gasta-la mal gasta… já dizia o meu avô: “no poupar é que estão ganho”, portanto temos uma visão puramente economicista a nível energético, que devemos salutar e orgulhar. O único que não poupa energia é o Emplastro, esse símbolo nacional, que tudo faz para aparecer na televisão para mostrar os dentes novos…Para finalizar esta dissecação das palavras de Guerra Junqueiro, não é preciso sacudir as moscas, “ a merda é a mesma, o que muda são as moscas”. Perante isto, não precisamos sacudir nada, é só esperar que as moscas se vão embora. Mas se ainda não estão convencidos, no que fala a sacudir somos os maiores. Olhem lá o “sacudir a água do capote”. Os governos acusam sempre os executivos anteriores das dificuldades, foram as heranças de má gestão.
Neste dia de S. Martinho, não posso deixar de pedir um brinde para a nossa taberneira Chiquita do Amori, que hoje para alem de comer muitas castanhas, está de parabéns. Hoje é dia do seu aniversário. Chiquita, muitos parabéns e não esqueças de oferecer uma rodada…
Volto para a semana com mais babuseiras, comes e bebes…
Forte abraço a todos

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

...Monumento ao "Cidadão Desconhecido"...

...Muito bom dia...
Vou escrever sobre um tema polémico da nossa sociedade (só para variar um bocadinho)...
Nós, portugueses somos um povo vaidoso "...com muita cagança e pouca pujança..." já dizia o meu avô materno (Deus o tenha em descanso)...
Que somos exagerados no péssimismo ou no optimismo,ou seja, ou é 8 ou 80 o meio termo e equilibrio não existe...basta pegar na imprensa e principalmente ouvir os programas de rádio ou tv, em que é pedida a opinião aberta das pessoas...é de rir...no espaço de segundos, a descrição de um tema qualquer faz parecer que de repente estamos a falar de outro qualquer país longínquo...
Depois ao mesmo tempo que temos o índice de confiança no futuro mais baixo da europa, neste momento, mesmo assim somos um excelente país para introduzir "modas" e inovações, porque "comemos tudo" e aqui está uma das muitas incoerências deste nosso país...
Agora vou directo ao assunto que me traz hoje à tasca, é que a "moda" agora no país é fazer homenagens a torto e a direito, confesso que sou avesso às mesmas...
É verdade, que tem desaparecido muito gente das artes e das letras nestes últimos tempos, mas que raio só esses é que tem valor na sociedade???
E os cidadãos anónimos, que todos os dias varrem as ruas, limpam as sarjetas, e muitas outras funções que sem darmos o devido valor fazem com que a nossa vida seja melhor...
Para mim só há uma homenagem a fazer às pessoas que se destacam nas letras ou nas artes, é pagar através duma reforma condigna que muitos não têm porque nesse aspecto o país é "miserável" para com as pessoas que se destacam nessas àreas e no desporto...
Desculpem, estou a exagerar o país reconhece que ao fim de 8 aninhos os senhores deputados tenham direito a uma reforma choruda e os senhores presidentes de camara cada ano de trabalho equivale a dois para a segurança social, ou seja, uns são filhos outros enteados...
Como escrevi no início desta crónica, somos de extremos, houve um tempo em que não se fizeram homenagens nem se ouvia falar agora todas as semanas na televisão há uma, não chega terem sido figuras públicas e mediáticas e reconhecidas pelo público, e terem ganho dinheiro à conta desse mediatismo e terem saboreado melhor a vida que a grande maioria do povo português que se esfalfava a trabalhar para receber um salário de miséria, ainda depois tem direito a homenagens onde vão os amigos mais mediáticos e depois é engraçado vão rodando, uns vão às dos outros...e não passamos disto...
Por isso, gostava de fazer uma petição para se fazer um monumento ao "Cidadão Desconhecido" tal como existe ao "Soldado desconhecido" em honra de todos os que combateram pela pátria, monumento esse para homenagear todos "nós" que todos os dias trabalhamos anónimamente e descontamos para que este país sobreviva, neste mundo...


Jaquim Pimpão


PS- A bela da água pé e da castanha assada = 1 eurol(moeda da tasca)...

Futilidades

Boa tarde a todos!!
Por entre as mesas, a servir canecos e tintinhos e a levantar outras ainda sobra tempo para dois dedos de conversa.
Como não podia deixar de ser (prometo que para a semana mudo o tema) venho falar das eleições dos E.U.A. Foi com alguma surpresa que ouvi a notícia que Obama tinha sido eleito. Embora com todas as sondagens favoráveis só acreditei quando deram a notícia definitiva. A pergunta que se põe agr é quanto tempo vai ele aguentar vivo?? Eu acredito que atentados não vão faltar e algum será certeiro. Com a mentalidades dos norte-americanos não acredito que vão deixar um homem como Obama muito tempo à frente dos destinos dos E.U.A. (que ao que parece para eles será à frente dos destinos do mundo).
Por agora me despeço, tenho que continuar a servir mais umas rodadas que isto hoje está cheio.

Pipas de Vinho!!

Torrão de Alicante

sábado, 8 de novembro de 2008

Ainda sobre as eleições na América

Caros taberneiros,

A semana passada estive na Alemanha a trabalho, pelo que não pude deixar o meu post semanal. Os alemães são pessoas estranhas, que jantam às 6.30/7 da tarde e já não saem de casa, motivo pelo qual a partir das 9 da noite as ruas são um local deserto e aterrador!!! Por esta razão, às 9.30/10 já estava recolhida no quarto, num hotel que, não sendo nada mau, tinha apenas dois canais de televisão em inglês: a BBC e a CNBC.

Ordem do dia: eleições nos EUA!

Num dos dias vi um programa que me deixou estupefacta. Era um debate conduzido por um senhor muito british e polited (correspondente em Washington), dois daqueles analistas xpto, outro jornalista muito in e dois elementos das campanhas de Mcain e Obama respectivamente. A assistir, um público composto por apoiantes de cada uma das partes, que lançava as questões e podia emitir comentários.

Independentemente dos méritos e deméritos dos candidatos, que tanta tinta já fizeram correr nesta tasca, há umas quantas conclusões que pude tirar:

1. Os americanos acham mesmo que são o centro do mundo, e que sem eles nós não vivemos (God save America);
2. Para além de se acharem os maiores, andam a dormir um sono profundo e a sonhar com o Pai Natal (quando alguém fez referência ao facto de que imagem dos americanos no mundo estava em queda e que havia um sentimento anti-americano em muitas partes do globo, há um senhor professor catedrático que emite um comentário do género: "Isso é o maior absurdo que eu já ouvi! Já viajei por todo o mundo, já estive em mais de 56 países, e o mundo ama a América!" A minha questão foi: este senhor é mesmo estúpido, ou é só cego?);
3. Os americanos são mesmo uns totós! Os argumentos que eu ouvi naquele debate faziam lembrar verdadeiras discussões entre crianças (dizia um membro da campanha de Mcain em relação ao Iraque: "A diferença entre Mcain e Obama é que Obama quer deixar o Iraque e Mcain quer deixar o Iraque com uma vitória"! E no fim, mais um God save America).

Depois do que vi e ouvi naquele programa, e se ele retratar efectivamente a sociedade amerciana (vá, vamos dar o benefício da dúvida - pode ter sido só um erro de casting), então será efectivamente necessário que God dê aqui uma mãozinha, e salve a America!

Imita Alces

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Mobbing

Aprendi um estrangeirismo novo: o mobbing.

O mobbing é uma prática no local de trabalho onde se faz "a vida negra" a um funcionário para levar este a pedir a demissão. É uma táctica de desgaste que pode passar pela troça, dar ao funcionário tarefas muito abaixo das suas qualificações, colocá-lo em espaços isolados fora do grupo social da empresa, etc.

Aparentemente, vale tudo menos arrancar olhos.

Curiosamente quando li a resportagem sobre o mobbing pensei nos professores. Não há classe hoje em dia que sofra, em minha opinião, de um mobbing tão sério e claro. O governo usa todos os meios que acha legítimos para vencer pela exaustão esta classe, fazendo-os pedir uma reforma antecipada (e beneficiando dos lucros que daí advêem) e, desta forma, dar lugar aos muitos professores que estão no desemprego. São as avaliações, são as aprovações obrigatórias de alunos iliterados, são as burocracias de um sistema paralisado, são o facto de seram alvo de chacota com direito a transmissão no Youtube...

Não costumo ser adepto das "teorias da conspiração" mas se perguntarem aos professores verão que, em sua maioria, estes acreditam que o mobbing, de facto, ocorre. A classe é uma das que mais antidepressivos toma e que mais sofre de problemas psicológicos. E isto não é uma coincidência. Não é pois como dizia o polícia, no filme de David Lynch Estrada perdida, "There's no such thing as a bad coincidence".

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O primeiro dia do resto das vossas vidas... ou não...

Bom dia estimados taberneiros, clientes e amigos. Mais um dia de serviço público aqui neste nosso espaço cultural, entre copos de vinho, petiscos e muita filosofia de ponta…
Ora como não podia deixar de ser, o tema do dia é sem dúvida, as eleições nos E.U.A. E como tudo indica o candidato Barack Obama é o grande vencedor. Para mim não é novidade, porque a maioria dos taberneiros e alguns comentadores desta humilde casa, demonstraram maior simpatia por Obama. Até o Nobel da Literatura, José Saramago, considera Obama "o unico que garante uma Mudança". Todos vêm com bons olhos um presidente Afro-Americano, um jovem, negro. O povo está a espera de aparições do Presidente tipo vedeta de Hip-Hop, calça de ganga larga a mostrar a cueca e a marca contrafeita, sem camisola a mostrar os peitorais e algumas cicatrizes de crimes de Gangs, a bela da corrente com o símbolo gamado ao automóvel, e é claro, o mais importante, a companhia de modelos ao nível de Bioncé, Rhiana, Tyra e outras babes de cabelo esticado. Depois há outra fatia que espera que ele convide para o governo, a não menos conhecida e quiçá a futura presidente dos EUA, a Oprah Winfrey com a sua compaixão, a sua bondade e a sua boa comunicação. Imaginem a Oprah com um programa semanal ao estilo de Hugo Chavez em plena propaganda política… A América nunca mais será a mesma… A não ser que convidem o Vítor Constâncio para substituir o seu Homologo, está mais que visto que a sua supervisão é ineficaz e as informações oficiais nunca chegam ao seu gabinete… imaginem se ele tem de controlar a subida ou descida das taxas de juro ou mesmo a valorização ou não, do Dólar…Eu cá trocava-o por meia dúzia de barris de Crude, a Pamella Anderson e mais meia dúzia de branquelas que vão entrar desuso no País mais afro do mundo fora do continente africano.
Mas o que seria se ganhasse o Mcain? O que de novo ele trazia? Para alem de ser um Transformer ou a nova versão do Robotcop, melhorado é certo, com extras de platina… é certo também que é um bocadinho menos burro que o Bush filho, mas não se afasta assim tanto. Está mais que visto, o mundo precisa de mudanças.
A primeira mudança que vai haver é o corte nas despesas da defesa contra o terrorismo. Passo a explicar. Antes destas eleições, A preocupação dos gabinetes de informação, era a prevenção dos ataques do Bin Laden e seus “Muchachos”. Agora os terroristas Islâmicos deixaram de ser problema porque tem a concorrência do KKK, cada um a tentar aniquilar o outro para terem o protagonismo dos atentados. Há boa maneira americana, basta dar armas aos dois lados que eles tratam de se aniquilarem mutuamente… Vão ver como vai ser bom viver nos States. Até o Carlos Malato dirá “já fui muito feliz n’ América “…
E pouco mais ha para dizer, na esperança que o mundo nunca mais seja o mesmo.
Um grande abraço a todos e até para a semana

terça-feira, 4 de novembro de 2008

...Magalhães volta a dar a volta ao mundo...

...Boa tarde...
Ora calhou-me a mim, fazer o "post" no dia em que o mundo tem a respiração suspensa, com as eleições "democráticas" do EUA...
O mundo espera, que o candidato democrata B.Obama ganhe, no entanto não é certa a sua eleição, e algumas coisas que ele preconiza na campanha duvido que consiga concretizar no curto-prazo...como por exemplo, a retirada das forças americanas do Iraque, mas prometeu...será um "braço de ferro" contra uma máquina poderosa que é a indústria militar americana, ainda por cima nos tempos que correm, em que a taxa de desemprego nos EUA já está nos 8% com tendencia a crescer (a mais alta desde 1986)...
Mas em termos de política externa americana, penso que Obama pode marcar uma viragem, até pelas suas origens (pai Queninano) o que me leva a crer que a sua educação,não foi a educação pura americana (do "nós somos os maiores...e o resto do mundo é o nosso quintal...)...
Por isso, também eu suspiro pela eleição do B.Obama...embora no país mais democrático do mundo, já foram assassinadas pessoas que queriam mudar a sociedade americana eliminando os preconceitos e abrindo os States ao mundo (ex. J.Kennedy,o seu irmão Bob Kennedy, Martin L. King...)...

Agora voltemos ao "rectângulo"(Portugal), enquanto temos as eleições americanas, o "nosso" Socrático, foi à cimeira Ibero-Americana fazer mais um brilharete com uma operação de marketing "fantástica", primeiro conquistou o "enfant-terrible" da política internacional, o Hugo Chavez presidente da Venezuela que com o seu mau feitio, atirou o "pobre" do magalhães ao chão...et voilá...ficou admirado um produto português resistiu-o e aguentou o impacto...
Conquistado o senhor "socialismo utópico", o Socrático utilizou o tempo a que tinha direito para falar na cimeira, para fazer publicidade "pura e dura" às qualidades do magalhães, eu desconfiava que o senhor engenheiro não era bem o que dizia (engenheiro) agora tenho a confirmação, ele é um comercial (nome pomposo para "vendedor") fantástico, esperemos que não seja como quase todos os comerciais,que tentam vender "banha da cobra"...

Bem por aqui me fico esta semana...com estas reflexões...que deixo sujeitas à sempre bem vinda crítica...da clientela da tasca...

PS- Amigos esta semana de chuva temos o copo de vitamina c em promoção...

Jaquim Pimpão

domingo, 2 de novembro de 2008

Latada! Eu estive lá!

Bons dias a todos!!

Em primeiro lugar lugar quero pedir desculpa a todos por ter o tasco fechado a semana passada mas foi-me de todo impossível vir dar o meu contributo a esta tasca que todos gostamos.
Agora que já esta tudo servido com uma rodada por conta da casa penso que já estou desculpada :P

Mais um final de Outubro mais uma festa dos caloiros! Alguns anos depois ainda volto a ela com todo o fervor de outros tempos, mesmo já não conhecendo muita gente é com orgulho e saudade que la volto. Quando chego à minha adorada Coimbra lembrar-me dos bons e dos maus momentos que lá passei durante alguns anos.

Nunca percebi porque mas é uma cidade apaixonante.

Latada? Sempre que poder, eu vou lá estar.

Pipas de vinho!!
Torrão de Alicante

Nacionalização

Já temos tema para mais umas semanas, hoje, dia em que foi anunciada a nacionalização do BPN.

Aí está, após anos de negócios e participações menos claras o BPN foi investigado, o que levou a vários processos, alguns de carácter criminal e a um plano de recuperação, que devido à crise que se vive a nível internacional, acabou por não vingar.

Assim, o Ministro das Finanças e o Administrador do Banco de Portugal anunciaram a nacionalização do referido banco.

A administração vai passar a contar com dois administradores nomeados, pertencentes à Caixa Geral de Depósitos, que poderá optar ou não, pela integração do BPN na rede de agências da CGD.

Interrogo-me acerca de uma questão: Será um caso ou o início de uma bola de neve de tamanho mosntruoso?

É que o BPN é, á semelhança dos outros bancos uma entidade idónea, ou não!


Traçadinhos

Auto da Tasca - Zé Manel

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Eu show Obama

Em tempos um homem chamado Freitas do Amaral, fundador de um partido de direita, surpreendeu tudo e todos ao declarar que iria votar no PS de Sócrates nas eleições. Houveram tumultos, rolaram cabeças e quase que o país foi abaixo.

Depois, vejam-se lá as coincidências, Sócrates escolheu este homem da direita para seu Ministro dos Negócios Estrangeiros. Uma daquelas coincidências que, por ser tanta coincidência, ninguém acreditou. A teoria, dizem os arautos da desgraça, é que a coisa havia sido previamente combinada: uma mão lava a outra e os votos que tu me irás dar serão convertidos depois num "tacho".

Talvez nunca saibamos a verdade mas, como é lógico, temos razões para desconfiar.

Sempre considerámos os EUA um país com uma certa arrogância de nação desenvolvida e que, por isso, nunca se dignou a aprender algo com Portugal. Há dias descobri que podia estar enganado. Em questão de "jogo sujo" os EUA (que também não são inocentes nestas matérias) ainda podem ter muito a aprender connosco. E com Freitas e Sócrates.

Do que falo concretamente? Falo de Colin Powell, conceituado general americano que decidiu apoiar Obama a 15 dias das eleições dos EUA. Uma daquelas coincidências que nos deixam a nós, Portugueses, com uma sensação de dejá vu. Talvez esteja enganado mas parece-me que há aqui um "tacho" envolvido. Powell é uma pessoa que goza de uma boa reputação (o que trará votos a Obama) e será certamente um secretário de estado ou secretário da defesa popular. Talvez Obama esteja a cobrar a Powell esse lugar. "Quero dar-te um departamento mas tens de pagar um preço. Ajuda-me que eu ajudo-te."

Nunca fiz futurologia mas, se fosse dado a palpites, diria que esta era uma aposta ganha. Qual é a probabilidade de Obama chamar Powell para secretariar um departamento?