segunda-feira, 18 de maio de 2009

O estado do ensino

Boa tarde a todos!!
Lá voltámos nós aos tempos de crise em que a Tasca não abre as portas por falta de verba... ainda não nos conseguimos candidatar aos apoios do Governo. Exige muita papelada, muita burocracia, muitas garantias da nossa parte para no fim nos levar tudo até ao último tostão com impostos, taxas, multas e afins...
Mas vamos ao que interessa. Hoje venho falar mais uma vez do nosso (de)ensino. Não paramos de ouvir falar nos maravilhosos programas das Novas Oportunidades, que com eles vamos ficar todos mais (in)cultos, mais (i)literados, vamos "tirar o pé da lama" e dar um exemplo a todos os outros países da UE.
Pergunto-me, como pode isto acontecer se muitos desses certificados são de exigência reduzida? Os professores têm praticamente a obrigação de passar quem se inscreve neles porque não podemos ter um taxa de abandono e de insucesso muito grande (não iria ser bom para o Governo). Caso algum professor na sua "insanidade" pense em chumbar um aluno, terá certamente o ministério, a escola e os pais da criança a dizer que o professor é que é o culpado porque não motivou a criança ou porque não sabe ensinar...
Infelizmente é este o estado do nosso maravilhoso e exemplar ensino...

Pipas de Vinho!
Torrão de Alicante

3 comentários:

Helder disse...

As novas oportunidades fazem-me lembrar o extinto ensino recorrente, toda a gente o criticava mas muitos o aproveitaram.

Alguns dos que o aproveitaram hoje em dia são bons profissionais, houve outros que tiveram a oportunidade até de tirar um curso superior, e neste momento o estão a terminar ou já o terminaram dentro do tempo previsto para a sua conclusão.

Mas, tanto no ensino comum como nos extintos recorrentes ou outros, como agora as novas oportunidades, resta-me dizer que: no meio do Joio há sempre algum Trigo.

Em relação ao chumbo dos alunos, os prof's ainda têm à perna toda a BURROcracia inerente a tal acto (que segundo prof's meus conhecidos leva a que se dêem muitas justificações de tal acto).

Minis pra todos que a Torrão paga.

António Américo disse...

na globalidade concordo contigo, Tambem é verdade, tal como diz o helder, ha quem realmente aproveite a nova oportunidade para prender realmente alguma coisa, e não ser só estatistica. Estas novas oportunidades são em vista grossa uma passagem na secretaria.

Jaquim Pimpão disse...

Só verdades minha cara e existe um ponto de vista, pouco falado mas que eu que até sou critico de algumas atitudes que os professores tomaram nos últimos tempos, como demonstrei algumas vezes na tasca...
No entanto conheço alguns e eu proprio (como treinador), sofri na pele a cultura da falta de exigência...
Porque os professores que eu conheço são exigentes com eles proprios e preocupam-se com aquilo que fica após os alunos lhes passarem pelas mãos...e por experiência própria sei a frustação que é ter que passar a mão pela cabeça dos meninos e dizer "não faz mal da proxima corre melhor, não te esforces muito serão podes-te magoar"...
Só que o pior vem depois, no mundo do trabalho a tolerância não é tanta como vem habituados, nem pode ser porque o mercado não permite às empresas falta de rigor e exigência...
A minha sorte é que eu pude dizer basta e ir-me embora porque sem exigência prefiro ficar em casa...
Bom artigo Torrão...

Jaquim Pimpão