domingo, 28 de dezembro de 2008

Passagem de Ano

Pois é, o natal já lá vai. Espero que tenha sido bom para todos vós, com mais ou menos presentes, mas com a boa companhia de todos os que mais gostam.

Próxima paragem, passagem do ano.

O meu desejo é que se divirtam bastante. E já sabem. Se precisarem de abastecimento no que toca a bebidas, passem cá pela tasca, que temos uma panóplia de bebidas, e claro sempre a bom preço.

Traçadinhos

Auto da Tasca - Zé Manel

sábado, 27 de dezembro de 2008

Ainda o Natal

Boa noite a todos os tasqueiros neste rescaldo das festividades natalícias!

Espero que todos tenham tido um excelente Natal na companhia daqueles que são realmente importantes para vocês. No fundo, é isso que realmente importa, não é verdade? É claro que a generosidade do Pai (ou Mãe!) Natal é sempre bem-vinda, mas o mais importante de tudo é poder estar em família! Para mim, que estou longe da minha a maior parte do ano, esta época é particularmente importante.

Neste contexto, o melhor deste Natal foi mesmo o carregamento de mimos a que tive direito: do pai à mãe, da avó ao afilhado... até do cão!

O pior também é sempre o mesmo: as toneladas de comida!!! Acho que consegui engordar 100 kilos!

Bem, continuação de boas festas para todos, que eu vou aproveitar o que ainda me resta desta estadia!!!

Até breve amigos!

Imita Alces

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

BOM PORTUGUÊS?????

Quem já não ouviu falar do acordo ortográfio entre Portugal e Brasil????
Essa maravilhosa inovação para a língua portuguesa.
Hoje apetece-me dar-lhes uma lição não de BOM PORTUGUÊS mas enfim.....
Pensei num jogo de palavras. Que tal colocar uma cruz naquela que poderá estar (não)correcta?

1. Como se escreve as seguintes palavras?

Adopção __ / Adoção __
Anticoncecional ___ / Anticoncepcional __
Convicção ___ / Convicão __
Núcias ___ / Núpcias __
Infracção ___ / Infração __
Opcional ___ / Ocional __
Ficção ___ / Ficão __
Recepcionista ___ / Rececionista __
Eléctrico ___ / Elétrico __
Facto ___ / Fato __
Activar ___ / Ativar __
Rapto ___ / Rato __
Lácteo ___ / Láteo __
Ativar ___ / Activar __
Adjetivo ___ / Adjectivo __
Correcção ___ / Correção __


Vamos brincar, desaprendendo....Eh!!!Eh!!!
Confusos????
Atenção aos erros.....
Boas festas.......

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal

Hoje é dia de Natal. É dia onde nos devemos estar a entregar aos outros e não a ler posts num blogue.

Mas já que haveis passado por aqui renovo-vos este pedido. Saiam, convidem uns amigos e partilhem. É Natal.

Feliz Natal a todos.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

É Natal, é Natal...

Hoje é a véspera do Natal, o ultimo dia para as compras, para as filas intermináveis para tudo. Tempo de espera para estacionar, para entrar, para pagar e embrulhar. É a escolha da toalha e a louça guardada no armário, os copos de cristal e aquela garrafa de vinho mais antiga, o espumante que perdeu a validade, que todos educadamente dizem, "está muito bom"... . Ai ai. Que dias de tormento... já não pachorra para estas coisas... ok ok, é bom dar felicitações ás pessoas, e receber aquele sms que já deu a volta ao mundo. Mas quem é que acredita mesmo no espírito natalício? Os comerciantes talvez... eu também, n aparte que toca ao outro salário extra de subsidio.
Não sou crente, e muito menos me vejo representado por alguma religião, mas, devido a educação católica que tive e a todo este globalização de uma festa que é mais pagã do que propriamente religiosa, aproveito esta altura para me lembrar de quem gosto, fazer um balanço de um ano que passou. Novos projectos viram, novas expectativas e novos desejos para um novo ano. Desejo muita coisa, seria uma lista interminável superior a 2 imagens... De momento os desejos que vou expressar a todos, são os votos sinceros de um feliz Natal, muita Harmonia e Alegria. Que se sintam realizados na medida do possível e para finalizar e fazendo um plagio às Miss´s " Paz no mundo, para todos e principalmente para as crianças"
Um grande abraço para todos

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

...Época "Natal(ética)"...

...Num destes dias de euforia e azáfama, estava eu numa fila de trânsito que dá acesso à única grande superfície que existe na minha "aldeia", que apesar de ser capital de distrito, apenas possui uma grande superfície que trata de encher o seu "cabaz de natal"(conta bancária) com os preços mais altos do país, fruto de não haver concorrência...transformando uma capital de distrito do litoral, numa cidadezinha provinciana...

Mas adiante, enquanto esperava dei por mim a pensar num conceito muito em voga na sociedade e nas empresas, que é a "ética" e agora no Natal o seu efeito é potenciado...

Assim, notamos que em todo lado as pessoas estão mais alegres tratam o "outro" com mais respeito e sentido ético, tudo muito bonito...
O problema é que num país profundamente católico, em que durante muitos anos o Estado deixou que a Igreja Católica fizesse o papel de educar as gerações, com um conjunto de valores morais e éticos, que eram absolutos (isto era e é feito através da Catequese, do Escutismo e de outros movimentos de jovens)...
O problema é a forma como é dado, primeiro com verdades absolutas e únicas que nunca podem ser postas em causa e depois passa-se a ideia de que tudo tem perdão e é desculpável, através de diferentes formas...

Já sei o que estão a pensar "mas o que é a igreja tem haver com isto???"...
Para mim é simples, reparem nesta altura toda a gente está imbuída do espírito natalício e então enivam-se sms a desejar as boas festas a toda gente até aquelas pessoas que não gostamos muito, ao chefe que não vai com a nossa cara, até à empregada da pastelaria que anda o ano todo a atender-nos com cara de "enfadada"...
Se nos pedem dinheiro na rua nós damos qualquer coisa com um sorriso, quando habitualmente não o fazemos, mas como é Natal até estamos "porreiros"...

O que acontece é que chegando a Janeiro voltamos ao nossso "eu" normal, que apenas pensa no seu próprio úmbigo, e que age como se tivesse umas palas nos olhos e não visse o que se passa ao seu redor, porque o mais importante é exclusivamente o meu "mundinho" egoísta, e vivemos assim durante 11 meses...
Durante este período cometemos todo o tipo de "atrocidades", somos maldizentes no trabalho, amaldiçoamos o governo e os impostos, continuamos a degradar o ambiente como senão existisse futuro...etccc...

Mas isto é assim porque nos ensinam que quando "pecamos" basta rezar umas "Avé Marias" que ficamos com a consciência limpinha, quando comungamos ficamos purificados e se deixarmos umas esmolas na caixa da igreja temos o "passaporte" garantido para uma vida no paraíso...e assim, temos um ciclo, fazemos "asneiras" e todo o tipo de tropelias e depois limpamos a alma, e assim sucessivamente...
Por isso, esta época é para "limpezas", depois temos todo o ano para "pecar" até porque Jesus Cristo foi cruxificado para nos "safar", por tanto "no problem"...

Enquanto a Igreja não passar à prática, ensinando com acções concretas o que é fazer o bem e respeitar e ajudar o proximo desinteressadamente, em vez, de se limitar a passar o saber escolástico...

A ética pratica-se todos os dias e tem que estar dentro de nós, não pode ser apenas "moda" para inglês ver...

Eu a cada semana que passa aqui na Tasca, vou garantindo o meu lugarzinho no Inferno, o que até dá jeito com o friozinho que está...

PS - Peço desculpa pelo tamanho do post...bom natal a todos...

Jaquim Pimpão

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Agradecimentos

Boa noite a todos!
Quero agradecer a todos os que se deslocaram a terra para assistir a um grande acontecimento e a um convívio recheados de coisas doces (com bolinho, tarte, pudim sem faltar a pinga).
É verdade Pimpão, parece que consegui converter malta a ser mais assídua nas bancadas. É, não só mas também, por isso que treino todas as semanas :D
Mais jogos virão e espero que a assistência se mantenha, afinal as coisas até correm melhor quando temos o apoio e o carinho a vir das bancadas. Parece que vamos jogar o Regional de Lisboa a partir de Fevereiro, o que deve dar cerca de 8 jogos (4 em casa).
Assim espero que a malta colabore, que se desloque e que apoie a modalidade, e claro que me ajude nas exibições.

Sai uma rodada natalícia!

Pipas de Vinho,

Torrão de Alicante

domingo, 21 de dezembro de 2008

Hóquei em Patins

Ora viva.

Venho só fazer um pequeno apontamento sobre o dia de hoje no que toca
às actividades do pessoal tasqueiro.

Efectivamente, hoje foi dia da nossa tasqueira dar uso ao stick, e tal
evento contou com alguns dos elementos do staff da nossa tasca como
espectadores.

Todos nos divertimos imenso e alguns de nós tivemos oportunidade de
ver pela primeira vez ao vivo um jogo de hóquei em patins.

Traçadinhos

Auto da Tasca - Zé Manel

sábado, 20 de dezembro de 2008

Solidão

Vi hoje na televisão uma reportagem sobre o suicidio. Nesta reportagem era referido que a cada 30 segundos existe uma tentativa de suicidio, e que a cada 40 existe um suicida, sendo que um dos principais motivos para o suicidio é a solidão.

De facto, no mundo global que é o nosso a solidão tornou-se uma realidade. E quando falamos de solidão não falamos apenas da solidão daqueles que vivem efectivamente longe dos outros, muitas vezes longe do próprio mundo, mas também daqueles que se sentem sós no meio da multidão...

Eu para já lido bem com a problemática: tenho uma família extraordinária, muitos e bons amigos, um trabalho que gosto e que é tudo menos isolador, bla, bla, bla... Mas confesso que a temática me assusta, visto que não sei o que a vida tem reservado para mim...

Por isso, espero que neste Natal todos vocês possam estar rodeados dos que mais amam, e que partilhem bons momentos e bons sentimentos!

Para todos os tasqueiros e clientes desta tasca um FELIZ NATAL!!!

Imita Alces

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Escolhas (no feminino)

Buda disse um dia que não devíamos aceitar nada que não tivéssemos conhecido e experimentado por nós próprios. Preocupava-o o facto de muitos de nós seguirem as "autoridades" e "doutrinas oficiais" e, deste modo, não vivermos e sentirmos a vida na experiência do dia-a-dia.

Ocorreu-me pensar nas mulheres de hoje. Em tempos não tinham a liberdade de decidir por elas próprias. O seu destino era o lar e a família e não havia nada que elas pudessem fazer.
Buda não teria gostado desta condição de "escravidão".

Hoje as mulheres podem escolher. Podem ser mães e donas de casa ou, se preferirem, trabalharem, sentirem-se valorizadas e prosseguir carreiras. É o que faz a maioria destas "novas mulheres" que acha que ficar em casa é "humilhante", "submisso", "antiquado".
Buda não teria gostado igualmente desta nova condição de escravidão.

Não sei se acompanharam o meu raciocínio: a mulher nunca teve poder de escolha. Antigamente era a pressão social para ficar em casa. Hoje é a pressão social de não o ficar. Uma mulher directora executiva que ganha 5000 euros mensais numa multinacional que desista desta vida quandose casa e que opte por ficar nela a construir a sua família e vida baseada no amor familiar é vista como "estúpida", "idiota", "palerma" "antiquada", "tótó" pelas suas iguais e demais (entre outros adjectivos menos educados).

Mulheres, pensai por vós. Só tendes uma vida. Vejam aquilo que mais vos realiza, seja aturar um patrão ou aturar um marido e façam uma escolha. Sois donas das vossas vidas. Não sejais como as ovelhinhas que são umas Marias-vão-com-as-outras e arriscai ser felizes. Ainda que sejais apelidades de ovelhas negras.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Saudosismo ou é por ser Natal?

Esta altura natalícia transporta-me para alguns anos atrás. Não muitos até porque nem atingi a meia-idade. Recuo para os primeiros dez anos da minha vida. È nesta idade que o Natal fazia algum sentido. Era por esta altura que, devido à educação católica que tive conjugada com a inocência da magia festiva, vivia intensamente os rituais que caracterização a celebração do nascimento do salvador, filho de Deus. Foi por esta altura que, a maioria da minha geração e geração anteriores, tiveram porventura, grande parte das alegrias de infância. Em minha casa, os brinquedos era sinal de aniversário ou Natal. Como tal, e como os brinquedos são parte integrante da magia de encantar, também todos os preparativos da festividade acabam por ficar na memória.
Havia quase como que um denominador comum nas famílias portuguesas, mais cosmopolitas da altura. Todos iam passar o Natal “à terra”. Era como que, imperativo para a sociedade, voltar as suas raízes e assim consolidar os laços, rever os amigos e manter a família de já com três ou quatro gerações em contacto. A minha família materna, tem raízes num lugar situado nas encostas da serra do Caramulo. As viagens para lá eram uma aventura. Demorava-se imenso, as estradas eram más, as viaturas não eram os topos de gama de agora, o que tornava uma viagem de 3 horas um martírio até para o mais entusiasta. Nada comparado com a facilidade dos acessos actuais. Recordo o caminho, que nos levava a percorrer o luso, paragem obrigatória para beber água da fonte da conceituada marca. Enchíamos o garrafão de vidro, que na altura se distinguia dos garrafões de vinho, por ter a parte que envolvia o vidro só até meio e ser de plástico branco. Os de vinho eram em verga, o saudoso”palhilhas” ou “câmara de filmar de 5 litros”, imagem de marcar do turista português nos anos 80. De Inverno a subida para o Luso era um acto de coragem. Quando o nevoeiro era muito, a única hipótese de orientação, era o traçado da estrada, não se via para lá do metro, metro e meio. Um camião de mercadorias que passasse por lá, teria de ter um bom condutor. Nas curvas teria de esperar que os carros que circulassem em sentido contrário passassem, para assim ter espaço para poder continuar. Como as curvas eram muitas o tempo custava a passar.
Chegados ao destino tudo mudava. Podíamos respirar o ar puro, ainda hoje é assim. Era para mim um lugar onde podia correr, saltar, atirar com a fisga pois não havia problemas de partir algum vidro. Podia ver os bichos, havia gatos, galinhas e coelhos, coisas que não tínhamos nos apartamentos. Havia as árvores que podíamos subir, a fruta que podíamos comer sem ser as escondidas do dono. Era uma liberdade que não se assemelhava a nada. Depois havia os primos, que também estavam presentes para a “romaria”. Eram mais uns para se juntar a confusão, a nossa sorte é que os mais velhos estavam entretidos na conversa, e nós os mais novos, tínhamos mais espaço para a “judiaria”. Era um despique na vez de andar na bicicleta “pasteleira”, quando não eram dois a andar ao mesmo tempo. Nem chegávamos com os pés ao chão, mas desde que desse para andar estava tudo bem.
A família era uma família tradicional, modesta. A casa era antiga mas forte. Uma casa beirã, com paredes de pedra, granito escuro, sem reboco. Apenas a argamassa que fixava as pedras, se encontrava pintada de branco. Dois andares, sendo o térrio não habitado. Chamam a estes pisos “lojas”. Era tipo uma despensa, pois estava lá quase tudo, desde lenha, os pipos do vinho, o lagar, a salgadeira do presunto, as ferramentas de trabalhar no campo, as hortaliças que eram trazidas dos campos. Era um lugar fresco, o chão era de terra batida, havia pouca luz, que entrava pelas portas e por uma pequena vigia. Na parte de cima da casa tinha outro encanto. Foi a primeira casa do lugar a ter luz eléctrica, o chão era soalho de madeira que rangia a cada passo. Entravamos na cozinha por uma porta larga de madeira, estava pintada num vermelho “zarcão”. A comida era feito no fogo da lenha. Ainda lembro a comida feita naquelas panelas pretas de 3 pernas, só alguns anos depois veio um fogão a gás. A cozinha tinha um forno de pedra, onde se cozia a broa, que era feito dos cereais semeados e colhidos nos terrenos da família. Depois eram moídos num moinho que ficava a menos de 100 metros da casa, um moinho de água que penso já não existir hoje. Era diferente o sabor. Era trabalho dedicado. O tempo do amassar, o deixar levedar, fazer uma cruz na massa ao mesmo tempo que se faz uma reza, a pedir a Deus a sua graça para que a massa levede. Depois era aquecer o forno com lenha, e a sua altura, meter a massa no forno e esperar que saísse uma broa quentinha e as bolas de carne ou sardinha. Com o tempo as forças para o pão diminuíram. O forno foi tapado e a grande lareira onde se queimava a lenha para aquecer a casa foi substituída por um fogão de lenha. Sabia tão bem o café de cevada feito lentamente, acompanhado no com pão torrado. Um pitéu as maçarocas de milho por cima das brasas do fogão. Só ali havia estas iguarias.
Lembro de naquela casa não haver televisão. Havia apenas um rádio a pilhas que tinha sido comprado numa paragem que tinham feito nas Canárias, numa deslocação a Angola, que fizeram para visitar as filhas. Mais tarde veio a Tv. Mas nem sempre estava ligada. Eram forretas, não queriam gastar muita energia eléctrica, e é claro que os mais novos por vezes perdiam os bonecos. Mas também havia tanta coisa para entreter que não era nenhuma desgraça. Não via os bonecos mas podia andar enfiado no galinheiro a ver se as galinhas já tinham posto os ovos, podia mexer nos coelhos como se fossem gatos de estimação e dar comida a boca. Havia tanta coisa para apreciar. O cantar do galo que fazia o favor de nos acordar, o cantar dos pássaros que estavam a cantarolar mesmo perto da janela, subir ao enorme diospireiro que se encontrava na parte traseira da casa. Era uma disputa para ver tirar água do furo também. Não havia água canalizada, havia uma bomba que retirava água de um furo aberto a punção e marreta. Tudo ali mesmo perto da cozinha. A água para beber vinha de uma fonte que ficava perto. A água era transportada nos cântaros feitos pelo Manuel Latoeiro ou nos célebres cântaros de plástico azul.
A ceia de natal chegava, e a pequenagem já estava mais para dormir que propriamente desperta. A tradição mandava que na ceia o prato fosse Bacalhau com as batatas e nesta casa não era excepção. A mesa era corrida. No topo estava o “Patriarca” e do lado esquerdo, praticamente sempre, sentavam dois dos netos. Eram de idades próximas, cúmplices nas brincadeiras, sócios nas partidas aos outros membros da família e acima de tudo, adeptos do mesmo clube de futebol. O resto da família sentava-se onde havia lugar, sendo a última escolha para “matriarca”.
A matriarca era a pessoa “menos” admirada, menos compreendida. Era a pessoa mais ocupada, era uma “escrava” como a maioria das mulheres daquela geração. Tinham de cuidar dos lares, dos maridos e se depois sobrasse tempo, então poderiam cuidar delas. Era um a pessoa normal, com o rosto marcado pelo tempo. Tinha pouca instrução. Andou na escola o tempo suficiente para aprender a ler, a escrever, fazer contas aritméticas. Atingidos estes objectivos, estava preparada para a vida. Casou teve filhos, neste caso 3 filhas. Cuidava da família, da casa, dos campos e ainda arranjava tempo também, para tosquiar umas ovelhas e contribuir com mais alguns centavos para o orçamento. As mãos estavam calejadas da enxada, a pele queimada, ora do frio gélido do Inverno, ora do calor seco e abafado do verão. As suas feições eram marcadas, as rugas nunca foram disfarçadas, ainda se agravaram quando decidiu trocar os dentes problemáticos por próteses. A perda de alguma visão fizeram-na usar óculos que afundaram ainda mais os olhos. O cabelo estava sempre esticado e enrolado atrás num rolo que parecia aqueles capachos de pano que as varinas usavam para não magoar a cabeça quando transportavam as canastras do peixe
Nada podia falhar, pelo menos na altura em que a família estava presente, estes “reis” de sua casa, proporcionavam á sua prole, o melhor que tinham para oferecer. Talvez uma tentativa de compensar o aperto e faltas de outros tempos, as privações impostas com medo e repressão de ditadura caseira.
Acabado o jantar, vinha a conversa. Era o convívio, que passados alguns anos, se transformou num debate de três gerações diferentes. Um exemplo do chamado “Generation Gap”. Cada geração com a sua razão, com a sua ideologia, cada um com a sua sabedoria. Mas enquanto a ingenuidade tapava os olhos da garotada, fazia-se conta ao tempo para ir abri as prendas. Era meio ano a espera de abrir um presente, agora outro só para os anos, e esses eram para o fim da primavera. Era muita expectativa, pois nunca o pai natal acertava com o meu pedido. Devia ser surdo, ou então “gritos mudos não bradam aos céus.” Passava-se mais um tempo a brincar com a novidade. De seguida ia tudo para a cama. Os mais novos partilhavam as camas. A casa tinha apenas 3 quartos, que eram para os casais. Os mais novos dormiam em comunidade, numa camarata improvisada na sala que só servia para receber o padre na Visita Pascal. Nessa altura, a mesa quadrada no centro da divisão, levava uma toalha branca e por cima diversas iguarias a compor a mesa para receber a visita do senhor Prior e assim abençoar o lar. Tirando essa altura, só era utilizada com museu, havendo o cuidado da devida manutenção dos bibelots.
Hoje já não romarias. O patriarca deu alma ao criador, a matriarca teima manter a sua vida e a sua independência, vive no seu reino , à sua maneira. Os netos, cada um tem a sua vida, uma multiplicações de vidas que levam a outras escolhas e a outros rumos. A matriarca vai pendente ora para um lado, ora para o outro. Com o tempo os cabelos tornaram-se brancos, a pele mais seca, as rugas mais acentuadas, a memoria mais esquecida. A genica é muita mas não a mesma de outrora. Já lhe dissera várias vezes: “tomara eu chegar a sua idade e com a sua saúde”. Vai levando a vida como quer, façam-lhe a vontade. Mais vale viver como se quer do que com imposição dos outros. Não há nada como a nossa casa, por melhor que a casa de alguém, a nossa casa é sempre o nosso lugar. Ela sabe-o bem, é isso que ela quer. Na sua casa, ela é a rainha, na casa de outrem é sempre outro elemento. Enquanto tiver forças para se manter no seu trono, seja feita a sua vontade…
Um grande abraço a todos. Volto para a semana…

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

..."Magalhães" que futuro???...

Boas tardes a todos, taberneiros e clientela "militante" desta humilde tasca...
E hoje, vou "servir" um prato muito controverso, que é "Magalhães à Socrates"...
É que estamos a cometer o mesmo erro que fizemos no passado, com a educação... Verificámos uma lacuna, e formatámos todos da mesma forma...

Aqui à quinze anos atrás quando se começou a massificar e a democratizar o ensino superior, dizia-se que o que era preciso era ter um curso superior não interessava qual nem onde, apenas nos indicavam como caminho único o ensino superior...
Não eram feitos testes, que nos ajudassem a ver qual era a melhor apetência individual de cada um, nem existia aconselhamento psicológico e com a falta de educação da maioria dos nossos pais, que tinham sido educados a trabalhar de sol a sol desde tenra idade, em que os estudos eram completamente desprezados(como convinha às elites dominantes).

Assim, a escolha era feita na idade dos sonhos ainda com a ilusão de que vamos mudar o mundo, ou seja, pressupostos que são do pior para se poder fazer uma escolha racional, lógica e coerente que vai condiconar o futuro.
Depois havia outros factores, como "fugir" à matemática logo no 9ºano, condicionando para o resto da vida o futuro, isto aos 15 anos...

Portanto o discurso vigente era que havia falta de doutores na sociedade portuguesa, por isso tudo para as universidades, depois viu-se que afinal a tal sociedade não tem capacidade para absorver todos os doutores e engenheiros que saiem das universidades e politécnicos todos os anos...porquê? simples, temos o tecido empresarial formado por 80% de PME's sem capacidade financeira para pagar a esses eng. e doutores...

O que era previsivel, mas a mensagem que era relevada na comunicação social, é que ser doutor ou eng é que é bom, as universidades privadas cresciam a um ritmo alucinante em todo o lado e com preços exorbitantes...hoje estão falidas e sem alunos que consigam suportar as respectivas estruturas...
Mas neste ambiente as escolas profissionais que nessa altura estavam a começar, não tinham espaço para poder concorrer contra universidades e politécnicos...

Porque acredito que quem tenha feito a escolha do curso técnico dessas escolas, hoje está melhor na vida profissional que muitos doutores e eng e também acredito que uma percentagem elevada do empreendodorismo do nosso país são jovens que vem com esse saber mais prático mais adaptado à realidade nacional...a quem PME'S já podem pagar...

Voltemos agora aos dias de hoje...detectado o erro falta de formação nas áreas da multimédia e informática, faz-se o mesmo para todos e todos passam a ser "informatizados"...ok...dá-se um portátil a cada criancinha e depois?...
Quando esta criancinha crescer "viciada" nas informáticas, chegando à altura de escolher a profissão...
Acham que vai escolher, a construção civil?, canalizador?, limpezas?, trabalhar num supermecado ou numa pastelaria?, electricista?, etc...
Vamos se calhar vamos ter que telefonar para Kiev (capital da Ucrânia) para vir um canalizador arranjar um cano routo...

Os portugueses parecem aqueles cães que andam sempre muito alegres e saltitantes, mas quando o dono se vai embora, distrai-se com o seu desporto favorito andar atrás da sua propria cauda...
Ou seja, a história persegue-nos e é cíclica, não conseguimos quebrar e mudar os ciclos...

Por hoje não incomodo mais...

PS- Lançamento do "Power Pá Naite" em versão cházinho quentinho para combater o frio, por um preço tascol...1 eurol...

Jaquim Pimpão

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Rapidinho!

Boa tarde caros taberneiros e clientes!!
Hoje venho cá só para assinar o "livro de ponto" e por-me na alheta. Claro que qqr semelhança entre isto e os nossos caríssimos deputados é pura coincidência.
Lá chegará a altura em que os professores assinam o sumário e piram-se, que os ppl dos bancos fecha o estaminé, que a malta dos cafés deixa os clientes à porta...
Afinal, se os caríssimos da Assembleia representam-nos, teremos que seguir o exemplo.

Com esta me despeço, até para a semana

Pipas de Vinho!
Torrão de Alicante

P.S. E desta vez sem rodada, já estou de saída!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pois que vinha colocar um postezinho depois de longa ausência (entre sábados a trabalho e o último no hospital de Leiria - e que ia dar origem ao post esta semana), mas já cá está outro post, e não vale a pena duplicar ... Portanto, fica para semana. Assim pode ser que também surja um tema mais interessante, visto que sete horas nas urgências do Hospital de Sto. André não iam dar um post muito alegre, não senhor...

Luzes de Natal...........

Ora muito bom dia bonecos....
Aqui estamos mais uma vez nesta nossa tasca que, também ela não escapa à enfeites natalícios....
Meus parabéns ao responsável.
Hoje, imbuída pelo espírito natalício, decidi contar–vos uma novidade.
Sim, sim.....uma novidade.
Cá vai.....
Amiguinhos e amiguinhas, tenho-vos a dizer que a crise chegou ao fim.
Admirados, perguntam vocês: a crise chegou ao fim? O que está ela para aqui a dizer....
Então reflitam comigo..............
Ai e tal... porque ganhamos pouco...
Ai e tal....porque a vida está cara....
Ai e tal...porque com o pagamento da renda, luz e água, vai-se o dinheiro todo...
Esta é a conversa do dia e da treta....
Bolas...
Ai é assim????
Já se deram conta dos exageros que se praticam nesta época do ano?
Mas como é?
A luz não está cara, carago?
Está tudo iluminado....
Pelas ruas só se vê luzinhas a acender e a apagar......
Mas não falo, na iluminação de rua.....essa é brejeira. Então na cidade de Braga.... Que pobreza. (Então, não é que em vez de colocar estrelas, meninos Jesus, Pais Natal a decorar a cidade, o meu Mesquita Machado se lembrou de decorar a cidade com motivos alegóricos dedicados aos tempos romanos. Valha-nos o cristo.... Mas isso é outro assunto....
Bem, voltando atrás....
Falo mesmo nas casas das pessoas.
Nas varandas, janelas e jardins dos portugueses. Está tudo repleto de piscas-piscas.
São luzes de todas as cores a piscar. Que exagero.....
No outro dia, a caminho de casa, até àrvores em casas de particulares vi enfeitadas. Mas não era uma pequena àrvore, porque assim eu acharia vulgar. A árvore era enorme, era muito alta mesmo.
Ainda hoje me perguntei como é que o dono fez aquilo.....
O trabalho que o homem teve. E luz que ele não vai gastar!?
Logo à frente, uma outra casa....também esta com árvores altissímas enfeitadas.
Ainda pensei que naquela poderia haver casa um estabelecimento comercial: um café, um pequeno mercado, porque assim até assim acharia noraml. Mas qual quê?
Está tudo doido....que loucura....
Chega-se a cair no ridículo, com tanta luzinha.....
Sorte? Tenhem os chinezinhos, que nesta época do ano ainda facturam e muito com a venda dos “empiscas-empiscas” como dizem algumas pessoas, cá do norte.
Sabem o que eu digo.....
- Quero voltar para a ilha!?!?
BOAS FESTAS, BOAS FESTAS.....PRENDINHAS, PRENDINHAS.....UPIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

Desculpa Imita Alces

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

É Natal, é Natal...

Caros amigos clientes e taberneiros,

Chegou o Natal e assim mais uma ocasião para nos encontrarmos. A Torrão já fez aqui o seu apelo a um jantar de Natal e agora disse-me que me dava com o stick se eu não voltasse a falar no assunto. Como não duvido que ela aproveitasse qualquer ocasião para me dar uma valente enchente de porrada com o instrumento desportivo favorito dela resolvi não arriscar (como podem ver ela está cheia de espírito natalício).

Assim apelo a todos que usem o espaço de comentários deste post para dar opiniões sobre o dia, o local... enfim, o costume.

Até breve!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O meu "trabalho"...

Bom dia Caríssimos colegas de “Trabalho”, clientes e amigos. Estamos presentes para mais um dia de escárnio, maldizer e muita, mesmo muita treta
Ora cá estou para mais um dia de trabalho, abri a tasca e o frio ainda se sentia na rua. Por cima dos carros estacionados, havia ainda gelo que derretia aos primeiros raios de sol do dia… o sol… o sol que derrete o gelo, aquece corações, dá energia…O gelo ainda durava nesta fria manha. As pessoas circulavam apressadas rumo ao trabalho, protegidas com cachecóis e alguns animais mortos nas golas dos casacos. As mãos não se viam, tapadas com luvas, ou simplesmente, escondidas da brisa matinal, nos bolsos do vestuário. Eu sentia algum frio também, nada que não tivesse passado com o primeiro gole de aguardente do dia. O que aquece o corpo aquece a alma, e essa quer-se bem quente. Pouco passava das 9 horas e chegava o primeiro cliente. Servia assim logo pela manha o primeiro café ao cliente habitual do escritório do lado. Faço um dueto com as palavras dele: “ não consigo trabalhar sem o café”. Eu acho que é do cheirinho que completa a cafeína, mas também nunca ouvi um doido assumir que o é. Aproveitamos e trocamos dois minutos de conversa, o tempo isto, o governo aquilo, este não fez isto e o outro diz que faz, mas não vejo nada. O costume. Ainda não estou a acabar a conversa, aparece o “Arrumas”. Os primeiros carros que orientou no parque de estacionamento já renderam uns cêntimos para o bagaço. Mesmo quando não rendem, deixa a conta pendurada. Compreendo a sede dele, é desumano deixa-lo em tamanho sofrimento. Mais vale despachar o pendura, assim não dá mau aspecto ao Tasco.
A meio da manha, abrem as cancelas. È uma enchente de clientes que aproveitam o intervalo da bucha matinal para aconchegar o estômago, molhar a boca e matar o vício da nicotina. Cá estamos nós para servir na pausa, para dar ao cliente o jornal, passarem a vista e lerem as letras gordas. Outros estão agarrados ao telefone a conversar ou a “teclarsms’s… Modernices dos tempos modernos. Ainda mal comeram e beberam já estão com pressa de pagar. O patrão não perdoa atrasos, nós aqui muito menos aceitamos calotes. Fiado só amanha ou então com autorização da figura de Bordalo Pinheiro. É também pela manha que aparecem os nossos clientes mais habituais. Alguns falam alguma coisa. Outros nem por isso, entram calados e saem mudos, o silencio fala por eles, apenas arrancamos um sorriso quando são servidos. Outros falam por outros tantos. Estou convicto que não têm quem os ouça ou os compreenda. Encontram aqui o refúgio da liberdade, o espaço liberal, onde há quem os ouça e compreenda. Somos o “filho” do reformado que vive sozinho. A mulher morreu, os filhos estão longe, fisicamente também. Enquanto aqui está vai se mantendo vivo. Se tivesse isolado, porventura já se tinha apagado. Como ele há muitos, infelizmente, este é que teve a sorte de ter descontado enquanto trabalhou e agora ainda pode usufruir de alguns cafés e algumas cervejas. Há muitos que nem para os medicamentes têm dinheiro. A bica é um luxo do Fim-de-semana.
No que respeita a clientes, temos de tudo. Do mais “Borrachão” ao adepto do Ucal aquecido, do comedor descontrolado ao viciado no Nutricionista. Esta panóplia da diversidade torna este espaço único, singular. Aqui vem o Dr. Juiz, o General, o médico, o professor, o varredor, a sopeira, o mecânico e o aprendiz. Não há distinção, todos são bem vindos, todos são ouvidos e todos são atendidos. Só não queremos a ASAE, esses podem sempre enganar no caminho para cá.
Há certos clientes que não dão a mínima hipótese de saber nada deles, entram, saem, voltam no dia seguinte. O que ouço deles é o bom dia, o pedido e nada mais. Alguns deles sentam no canto, olham para o jornal que trazem debaixo do braço. Olham em redor mas sentem-se desintegrados. Mas por estranho que pareça, sentem-se bem por ninguém os conhecer. É um mundo à parte no meio de todos. Alguns escrevem ou tiram apontamentos, tenho duvidas se são escritores ou agentes de informação. São humanos como todos os outros. Apenas mais atentos ao que se passa, fixados no pormenor, mas alienados das pessoas. Por vezes parece que conseguem ver o interior do “alvo”, mas dificilmente conseguem interagir com alguém. Contradição, perder tanto tempo para perceber, e o objectivo é simplesmente perceber, não há interacção, diálogo ou comunicação. É uma cerca que permite a visão para o exterior mas isola o indivíduo em si, nos seus fantasmas, nos seus medos.
Na tasca nada pára, tudo está em constante movimento. É o convívio dos clientes, dos amigos e é claro, dos taberneiros. Esta comunidade única que está quase a celebrar o primeiro natal. Natal é natal. O povo corre atrás das prendas, é sacos, sacos e mais sacos. As filas nos hipermercados para os embrulhos, os “Ça-va’s” a chegarem com as “chapas amarelas”. Acabou o sossego. As ruas começam a estar iluminadas á noite, as lojas abertas ao fim-de-semana… é o consumismo, é a globalização do nascimento do filho de Deus, transformado em negócio. É a altura do ano em que se juntam a mesa para mostrar sorrisos, na tentativa de ofuscar um ano inteiro de empurrões, maus tratos e omissões. Mais um ano que se vai abrir um presente, e se pede aos santos para que não seja mais um par de peúgas ou cuecas de gola alta. Mais um ano de frustração para a criança que não recebe aquilo que tinha escrito na carta enviada ao Pai natal. Mais um trauma que o petiz vai acumular, porque a resposta que lhe dão, é que como se portou mal, o pai natal castigou-a… e os adultos? Esses recebem um presente simples e dizem que o importante é o intenção, mas no fundo pensam “para o ano vai ver o que te vou dar, embrulho o que me deste e vamos ver se gostas filho da p***” é o ser humano ao seu melhor nível, isento de pretensões, ambição e com muita partilha. É o espírito do amor de Cristo, a Paz na terra, aos homens, o apelo do Papa ao fim da guerra no mundo, alimentado por ele e por outros líderes religiosos. São as palavras de falsas esperança por parte de Presidentes e Ministros. É a corrida aos fundos de reforma, numa tentativa de não pagar tanto imposto.
Meus amigos, isto tudo é o aproximar do natal, é o inicio do fim do ano. Vem ao de cima a bondade humana ao seu melhor nível, a hipocrisia no seu estado mais puro. Apetece cantar aquela musica “ Matei o pai natal, com uma facada nas costas”
Bem dou por terminado este meu “trabalho” de hoje. Comunico que devo ganhar mais uma vez o prémio de Maior post, com um total de 1161 palavras. Podem conferir, basta colocarem este texto numa folha de WORD, irem a FERRAMENTAS e clicarem em CONTADOR DE PALAVRAS, lá podarão constatar que agora já tenho1187 palavras.Um grande abraço a todos, despeço com amizade e com um forte abraço para todos, finalizando estas “palavras” que pretendo serem uma imagem nos vossos corações. Final de texto com a totalidade de 1226 palavras escritas e 5710 caracteres.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

...O país dos "Tótós"...

Ora, muitas boas tardes...

Hoje vou falar de um fenómeno curioso, que é também uma teoria pessoal...acerca do tratamento das estatísticas portuguesas...
Porque há coisas que não me encaixam na cabeça, e como me ensinaram a ser racional e lógico no pensamento, depois não consigo perceber certas estatísticas...
E principalmente penso que somos uns "totós", ao nível da União Europeia, porque enviamos as estatísticas todas certinhas e direitinhas para o Eurostat(instituto da UE que trata as estatísticas de todos os países da UE)e para a OCDE, instituições mui nobres mas que não estão imunes a "lobbys" e a "sofrerem" fraudes estatísticas por parte de certos países que convenhamos não são de grande "honestidade" na sua actuação...

E agora, imagino que estejam a pensar "...mas do que é que ele está falar..." por isso, vou dar exemplos, Portugal aparece neste momento como o 18º país entre os 27 da UE ao nível do rendimento (PIB-Per Capita) no entanto, apesar de sermos fraquinhos no rendimento, estamos entre os 2 primeiros no consumo de droga...ou seja, não temos muito dinheiro mas o pouco que temos é gasto em droga, que me digam que somos a maior porta de entrada da Europa de droga, concordo porque temos uma vasta costa com uma vigilância reduzida e fraca em termos de recursos humanos e meios disponiveis.
E os países mais ricos (Alemanha, Holanda, Espanha, Itália, França) aparecem atrás de nós no consumo de droga, eu já estive em alguns destes países e não me parece que a estatística esteja correcta...
O que eu penso que acontece, é o seguinte aqui os "tótós" quando são pedidas as estatísticas ao INE, eles enviam tudo certinho enquanto que existem países que enviam sim senhor mas manipuladas e depois dá nisto...

Para a OCDE nós somos dos países mais atrasados ao nível da educação, o que não deixa de ser verdade, no entanto existem alguns aspectos que tem que ser tidos em conta, enquanto que os americanos à muitos anos que utilizam o famoso método do "teste americano" para todos os níveis de ensino, o que convenhamos é bem mais fácil que os exames que o nosso país realiza, ou melhor realizava porque parece que também enveradamos por este caminho neste momento...
É lógico que com este método é bem mais fácil ter licenciados, ou com cursos médios(12º)coisa que nos faz falta, ou seja, outros países há muito tempo que optaram pelo caminho do facilitismo na educação e depois aparecem nos rankings (da OCDE) muito bem colocados e aqui os portugas ficam para último...

E "Bolonha" veio uniformizar pela bitola anglosaxónica e americana, daí a grande complexidade e dificuldade do nosso país em se adaptar a "Bolonha"...

Neste momento, o governo optou por fazer o nosso país subir uns degraus nas estatísticas internacionais, em detrimento da "qualidade" se está bem ou mal, não sei mas se os outros fazem é "legitimo" que Portugal vá pelo caminho do facilitismo...


Jaquim Pimpão

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Natal!!

Boa tarde a todos!!
Como podem ver o nosso taberneiro Jeremias já deu um toque especial de Natal aqui ao Tascol :D é sempre bom termos este espírito natalício.
Nesta altura do ano eu fico completamente "hipnotizada" com o Natal e tudo o que lhe está associado. Ai começo a pensar na verdadeira razão do Natal e chego à conclusão que cada vez está mais comercial e menos solidário.
Se queremos ouvir músicas alusivas compramos o CD, se queremos dar um ar de "Pai Natal" temos que comprar o barrete ou o próprio fato, a sineta, as barbas (para quem não as tem), etc. Como gostamos de dar prendas há sempre uma lista interminável de pessoas a quem oferecer. A consoada fica sempre muito dispendiosa com o belo do bacalhau, os cuscurões, as velhoses e afins.
Penso que deviamos pensar mais no significado de partilha e solidariedade e menos em despesismos.

Hoje fico por aqui a deixar-vos pensar sobre isto.

Pipas de Vinho!!

Torrão de Alicante

domingo, 7 de dezembro de 2008

Microgeração

Ora viva,

Hoje vou voltar àquele tema do qual é hábito falar: As energias alternativas.

E vou falar de uma iniciativa da EDP que se chama, My Energy Microgeração EDP.

Por uma questão de princípio esta iniciativa tem todo o mérito, pois, para além de incentivar a geração de energia nas nossas próprias casas a partir de fontes de energia renováveis, permite-mos também vender os nossos excedentes á própria EDP.

De facto à primeira vista parece ser interessante. No entanto após uma breve análise das condições que estão implícitas talvez não seja tão favorável quanto isso.

Seja como for merece uma análise mais detalhada por parte de cada um de nós, mais ainda, este é com certeza um dos primeiros passos para um futuro cada vez mais dinâmico no que toca a geração de energia eléctrica para uso doméstico. Pelo menos assim espero.

Fica o link:

http://www.eco.edp.pt/pt/particulares/produtos_edp/myenergy/lista.aspx

Traçadinhos

Auto da Tasca - Zé Manel

sábado, 6 de dezembro de 2008

Simplesmente bizarro

No momento não me apraz nada dizer pois estou perplexa com o que vi num programa do canal Odisseia. Neste programa, falava-se sobre doenças raras....
Amigos, espreitem só este site e depois manifestem-se. Ele chama-se DEDE, foi artista de circo durante alguns anos da sua vida. Pobre homem......A forma encontrada para sobreviver era mostrando-se ao mundo pois ninguém lhe dava emprego...pudera!?!?
Espreitem os sites e depois manifestem-se. É extremanente interessante...


http://tecnocientista.info/hype.asp?cod=6234

http://www.discoverychannel.co.uk/web/my-shocking-story/

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um país de Einsteins

Os números não mentem. O esforço preocupado da Ministra da educação, professores do país inteiro e demais actores no contexto educativo levaram a que, em um ano, duplicasse o número de aprovações a matemática.
Passámos a ter um país de génios. Uma geração de pequenos Einsteins. Esqueçam Pitágoras, Newton, Liebnitz ou Euler. Os grandes matemáticos do futuro terão nomes como Tomané e Cajó.

É claro que a Europa e os EUA, invejosos que são, não perderam tempo em nos denegrir. Num estudo realizado internacionalmente somos uma das piores nações a matemática nos países da OCDE.
Pura inveja. Devem ter sido os Suecos ou os Noruegueses, essas nações mesquinhas que só vivem para os números e não têm qualidade de vida, a subornar os investigadores e a ficarem com a fama de pessoas trabalhadoras e estudiosas.

Eu por cá não me preocupo. Sei que um dia vamos mostrar ao mundo os frutos que estamos a colher com estas sementes que plantamos. E mal posso esperar pelo dia em que estes Cajós e Tomanés vão usar o seu conhecimento, a sua ciência e a sua engenharia para edificar as nossas pontes, calibrar os instrumentos médicos dos nossos hospitais e estiverem responsáveis pelo software que regula as redes elétricas da nossa nação.
Nesse dia, e a partir desse dia, mostraremos quem somos a esses países da Europa do norte.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

o Post (H)it...




Já fiz o sugerido, pode ser que dê resultado para a semana que vem

Um forte abraço a todos

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O exercício do "E se..."

Boas tardes...a todos os taberneiros e fiel clientela...
Ao contrário do que se possa pensar, apesar de ter o tempo muito ocupado, com vida profissional e vida escolar e não só...
Não consigo evitar, vir à terça-feira, deixar o meu "bitaite" da ordem, já é mais forte do que eu...peço desculpa...mas tem que ser...
E como disse F.Pessoa, acerca da Coca-Cola, eu digo o mesmo da nossa bela tasca, "...primeiro estranha-se depois entranha-se..."...

Esta semana, vou fazer um pequeno exercício, que um dia destes fiz mentalmente...
E é um exercício, que muitas vezes nós portugueses fazemos, o exercício dos..."Se's...e se..."...
No pós eleições eleitorais americanas, coloquei a seguinte questão...
E se o sr B.Obama fosse de raça branca? teria a mesma votação? será que ganhava?
Estas perguntas colocadas a nós europeus, à primeira vista vão me responder "...claro que ganhava...o que conta é a mensagem e a qualidade da pessoa..." e aqui está para mim o busílis da questão, é que se o sr.Obama fosse de raça branca a mensagem era diferente e mudando a mensagem, os resultados serão necessariamente diferentes...
E o meu argumento é o seguinte, é que a mensagem do sr.Obama foi construida com base nas questões raciais, mas inteligentemente de forma sublimar, ou seja, não é uma mensagem directa está "escondida" porque a sua interpretação é muito "subjectiva"...
O slogan "Yes, we can..." claramente é apelar e a dizer aos afro-amercicanos(termo que eu detesto) e aos hispânicos, "...nós podemos ser poder, nós podemos ser governo, acreditem...", para mim a frase é dirigida claramente a estes dois "targets"(públicos) depois é muito bem associada para atingir outros públicos...através da utilização da palavra "...mudança..." e isto já todos os "targets" estavam desjosos nos "States" só faltava, a alguém que acendesse o "rastilho", papel que coube o Obama aproveitou e muito bem...
E este slogan foi o motor da campanha de Obama, que resultou na sua eleição...
Mas "se" o sr.Obama fosse de raça branca, esta frase já não teria o impacto que teve, porque imaginem um sr. "branco" a dizer aos afro-americanos e hispânicos "Yes we can..." pois é, penso que iria soar a "falso" e então teriamos um "branco" contra outro "branco" e se calhar o resultado eleitoral poderia ser substancialmente diferente...
Embora eu seja da opinião que a eleição do sr.Obama, foi uma acto de revolta silenciosa, por parte dos afro-americanos e dos hispânicos,até por terem sido umas das eleições mais concorridas dos EUA...
E isto estava previsto, mas não para agora, porque os dados estatísticos americanos indicam que em 2015, 51% dos nascimentos nos EUA serão de ascendencia hispânica e afro-americana...

Apesar destes meus "Se's" todos gostava de acreditar que o sr. Obama foi eleito pelas suas capacidades técnicas, de oratória e de abertura ao diálogo com resto do mundo...


PS - Apelo a todos os taberneiros a colocarem o slogan do sr.Obama, num "post it" no computador do trabalho..."Yes I can" escrever na Tasca..."Yes I can..."


Jaquim Pimpão

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

E porque não uma jantarada??

Olá a todos!
Com tanta crise que vem assistindo e como a época que se aproxima é tão bonita,resolvi dar uma trégua em assuntos que deprimentes e que nos põe ainda piores. Assim sendo achei melhor falar de coisas um pouco mais alegres e festivas.
Como a época que se avizinha é de convívio e partilha porque não uma jantarada bem regada e com bons petiscos para celebrar esta altura do ano...
Aceitam-se sugestões de dias e de locais. A tasca já vai estando toda enfeitada com muita luz e cor ansiando pelo dia da festa :D

Sai uma rodada natalícia para todos.

Pipas de Vinho!!
Torrão de Alicante