quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um país de Einsteins

Os números não mentem. O esforço preocupado da Ministra da educação, professores do país inteiro e demais actores no contexto educativo levaram a que, em um ano, duplicasse o número de aprovações a matemática.
Passámos a ter um país de génios. Uma geração de pequenos Einsteins. Esqueçam Pitágoras, Newton, Liebnitz ou Euler. Os grandes matemáticos do futuro terão nomes como Tomané e Cajó.

É claro que a Europa e os EUA, invejosos que são, não perderam tempo em nos denegrir. Num estudo realizado internacionalmente somos uma das piores nações a matemática nos países da OCDE.
Pura inveja. Devem ter sido os Suecos ou os Noruegueses, essas nações mesquinhas que só vivem para os números e não têm qualidade de vida, a subornar os investigadores e a ficarem com a fama de pessoas trabalhadoras e estudiosas.

Eu por cá não me preocupo. Sei que um dia vamos mostrar ao mundo os frutos que estamos a colher com estas sementes que plantamos. E mal posso esperar pelo dia em que estes Cajós e Tomanés vão usar o seu conhecimento, a sua ciência e a sua engenharia para edificar as nossas pontes, calibrar os instrumentos médicos dos nossos hospitais e estiverem responsáveis pelo software que regula as redes elétricas da nossa nação.
Nesse dia, e a partir desse dia, mostraremos quem somos a esses países da Europa do norte.

7 comentários:

Wizard disse...

Bem, acho que tenho medo da chegada desse dia,

Hum... vodka limão, p.f. disse...

Uma visão muito negra...

Quero acreditar que esse "incentivo" dado pela Ministra e todos os envolvidos, à criação de pequenos Einsteins, se verifique apenas no ensino básico e secundário.

Penso que todos esses Tomanés e Cajós, terão "entrada barrada" se quiserem ou tentarem enveredar em cursos superiores onde a matemática é essencial para, como dizes, um dia poderem edificar pontes ... pelo menos assim o espero...

Torrão de Alicante disse...

Se esse dia chegar acho que vou para o estrangeiro, assim, poderei ver o que dizem de nós lá por fora (a bem dizer, pode ser que evite por o pé num buraco de uma estrada ou ponte edificadas por esses génios!)

Pipas de vinho!!
Torrão de Alicante

Jaquim Pimpão disse...

Pois nem oito nem oitenta, no tempo que estudei no secundário, chegando ao 10º, ou tinha uns pais com poder económico, para pagar explicações de matemática às vezes com o mesmo professor ou então chumbava-se, eu como não tinha dinheiro para explicações demorei mais tempo a fazer os 3 últimos anos do secundário, eu e mais 80% dos estudantes...
Será que erámos assim tão "burros"? será que o método de ensino era o mais adequado?...a dizerem que tinhamos que decorar
formulas, será que não era mais importante sermos educados a usá-las e dizerem-nos para onde e quando deviamos usá-las na vida prática???
E para quando uma manif dos prof contra o método com que são obrigados a avaliar os seus alunos???

Jaquim Pimpão

Catraia_Sofia disse...

Olá!
Antes de mais desculpas pela minha ausência, mas o tempo não tem dado para tudo. Passo a correr, leio na diagonal, mas não comento.

Hoje tem de ser, até porque falar de educação em Portugal é algo que mexe com os nervos de aço de qq um, informado e não contaminado com medidas populistas e "migalhães" :))

Sim, estão a trabalhar para as estatísticas. Importa dizer ara fora (europa) que temos cada vez mais pessoas com o 12º ano. Não importa saber se esses "muitos" sabem ler, fazer contas de 2+2 ou respeitar o próximo...

Enfim...

Bom fds prolongado a todos os taberneiros! Sugestão? Baileys, com duas pedras de gelo, sff!

Chiquita do Amori disse...

Vejam o lado positivo da questão. Eh!Eh! Vai diminuir o número de desempregados de licenciados nas áreas de ciências sociais. E perguntam vocês: qual a relação? Simples....passando os alunos, estes vão se sentir capazes. Sentindo-se capazes é meio caminho andado para terem aspirações a enveredar por cursos que tenham matemática....Eh!Eh! Estou a brincar, pois é claro. É preocupante realmente.....

António Américo disse...

Amigo, esses Tómanés e cajós ja existem, assumem é cargos no Governo, e agora querem aumentar a sua prole para não serem extintos. Cá para mim devia haver uma actuação como querem fazer com os cães perigosos, castra-los para não se reproduzirem ...