terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

..."Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti...

...Mas antes pergunta o que podes tu fazer pelo teu país"...discurso do presidente dos USA, John F. Kennedy nos anos 60, esta frase já muito conhecida e "antiga" mas penso muito actual para ser dita e repetida à sociedade portuguesa...
Adoro e gosto de uma boa discussão de peito aberto sem fingimentos ou ressentimentos...
Vou hoje exercer um direito de resposta que penso ter direito, a propósito da menção honrosa que a minha ilustre colega taberneira Torrão fez no seu post a propósito de um comentário que fiz ao seu penúltimo post...
Penso que involuntáriamente ela mencionou o meu exemplo pessoal, como se eu fosse o médico que está no consultório a fumar e dá uma reprimenda ao paciente porque este fuma, básicamente foi isto que ela quis dizer...
Errado amiga é que se calhar eu não sou o melhor exemplo para demonstrares os teus pontos de vista...
E passo a explicar, conheces alguém que tenha concluido o seu curso superior tirado e pago integralmente como trabalhador estudante a tempo inteiro numa empresa do Estado, que com 12 anos de antiguidade e contrato a termo incerto mais um conjunto de regalias (mordomias) que após verificar que internamente nessa empresa a sua progressão seria noutra area que não a que para qual estudou, que seria colocado mais ano menos ano num gabinete em Lisboa com horário das 9h às 17h em que a seu trabalho quer fizesse muito ou pouco nada influenciaria no seu chorudo ordenado pago ao dia certo quer haja ou não crises económicas...conheces alguém que tenha abdicado desta pseudo estabilidade para aceitar um cargo numa pequena empresa com 2 anos existência, que pretendia alguém para o mercado internacional mas com formação no marketing para aplicar dentro da empresa e que dirigisse a expansão internacional?
Pois é, amiga eu troquei um futuro estável de dinheirinho certinho sem grandes chatices por um valor que para mim é muito superior a minha realização profissional numa empresa onde as minhas ideias contam, onde sou ouvido onde sou pressionado, motivado e onde sou recompensado se produzir mais...a grande maioria das pessoas deste país (99,9999%) faria o que eu fiz...
Mas mais, a condição que eu impus para aceitar o cargo não foi monetária, foi o poder concretizar uma ambição pessoal, o poder trabalhar no estrangeiro...
Como a empresa é recente cada passo tem que ser dado com solidez e grande ponderação portanto entrei na empresa e verifiquei que existia uma estratégia de internacionalização delineada no papel agora passou-se à acção e isto requer ir ao terreno analisar as condições do mercado em multiplos aspectos, a seguir decidir qual o melhor caminho e depois implementar (agir)...
Ora como, referiste já estive no terreno a recolher dados, já fizemos a análise necessária de Outubro até Janeiro e já estamos no terreno a proceder à instalação da empresa em Marrocos, da qual eu serei o responsável no terreno, o que fará inverter o ciclo com qual me iniciei na empresa, ou seja, vou ter que estar em permanência períodos de 3 a 4 semanas seguidas em Marrocos e estar 1 semana aqui e este é só o primeiro mercado porque o plano de expansão pressupõe outros mercados os quais serei eu também o responsável...
Como vês falaste cedo demais mas não levo a mal...
Não quero nem devo ser exemplo para ninguém mas se muitas vezes fizessemos como diz um autor de quem já falei aqui o Paul Arden que escreveu um livro pequenino chamado "Whatever you think, think the opposite..." este ensinamento ajudou(a)-me nos exames quando estava enrascado e como ensinamento de vida muitas vezes faço isto, e é interessante como abrimos os horizontes...

Jaquim Pimpão

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