Novo ano, tudo mais do mesmo...

Ora viva caríssimos taberneiros, clientes e amigos.

Iniciou um novo ano, mas tudo igual nem as perspectivas. Para mim e para muitos, as previsões já estavam feitas, mas para alguns, vai haver algumas surpresas. Quem foi apanhado desprevenido foi o Governo. Quando apresentaram o Orçamento de Estado em Setembro, não era previsível uma recessão da economia e um aumento do desemprego... o Eng. anda um bocado distraído sabe-se lá com quê.

No Médio Oriente, os festejos do ano novo começaram com alguma antecedência, prolongando-se até esta semana. O ano Novo foi celebrado com rocket's, basucas e outra artilharia pesada. Entre umas desgraças e outras, cá vamos conseguindo levar o barco, embora o barco já tenho um rombo grande. O que vale é haver sempre um baldinho para ir tirando a agua do convés.

Luís de Camões disse: "Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos." Mas se deixarmos de copiar os erros velhos deixamos de ser portugueses... a ultima coisa que queremos, é perder a nossa identidade. Queremos sempre mais do mesmo... e este ano vamos ter provas disso.

A nível pessoal continuo com a mesma ambição de sempre. Plantar um árvore, escrever um livro, ter um filho. Não sei bem qual a ordem de realização, mas já realizei a primeira. Ter um filho é uma grande responsabilidade, mas não duvido que seja o objectivo mais importante e de maior realização pessoal da maioria dos seres Humanos. Quanto ao escrever um livro, já é mais complicado. Volto ao mesmo, é cada vez mais do mesmo. Já se escreveu quase tudo e sobre quase tudo. Já se escreveu sobre Deus e o Diabo. Sobre Deus Masculino e Deus Feminino. Os pensamentos de novos e velhos, as aventuras de miúdos e graúdos. Sem esquecer as demais visões políticas de lideres políticos depostos... Até os jogadores de futebol e dirigentes desportivos têm alguma coisa a dizer. É claro que também há novelas da vida real em que damas de alterne se tornam escritoras, e o contrario, senhoras que se tornam vadias pelo escândalo provocado. Não posso esquecer os livros de etiqueta da senhora Bobone, uma verdadeira biblia para os clientes da Tasca. Não vão lá eles arrotar sem pedir licença de seguida...

Talvez um dia, talvez... Talvez um dia escreva sobre as aventuras atrás do balcão da tasca. Há muito para contar do que aqui se passa. Não há cromo que por aqui passe que não opine sobre este ou aquele assunto, há um filosofo e/ou político em cada freguês. Se tivesse um bigode e risco ao meio, escrevia as minhas aventuras sexuais... à grande Camarinha, o Ultimo Macho-Men Português...

Um grande abraço para todos.