China Cafuna ao serviço

Clientes, fregueses e amigos. Quero, antes de mais, agradecer ao taberneiro Toin’Américo a oportunidade de me levantar da mesa, e entre 2 tintos mandar umas larachas para o ar, que isto de ter o dom da palavra nesta humilde mas grande tasca não é fácil.
Então quero começar por dizer que sei quem eram os assaltantes ontem do balcão do BES em Lisboa e estiveram barricados durante tantas horas. Barricados não, que não concordo com este termo, mas isso já passo a explicar. Antes quero dizer que já sei quem foi. Porquê? Estava aqui nesta tasca quando um freguês ali da mesa do lado lembrou-se de comer qualquer coisa. O taberneiro Toin’Américo disse que àquela hora só se fosse um bitoque, ao que o senhor responde:
- “Bitoque?! Então mas eu sou ou não sou o dono de um banco?”
Pois aí está. Não é que o senhor depois de comer foi com o seu amigo para o “seu” banco! Ora ir para o seu banco, e se é o dono, porque raio dizem que esteve barricado? E porque raio não o deixaram jogar uma bisca com o amigo lá dentro? E porque é que apareceu logo polícia e forças especiais? Mas pior, porque é que agiram daquela forma, e acabou tudo assim? Não quero deixar a minha opinião acerca da resolução do caso, mas também é preciso as televisões filmarem toda aquela cena, e pior, em pleno jornal da noite, em horário nobre, mostrar nua e crua toda aquela cena, toda aquela tristeza?
Mas, por outro lado, e se não fosse assim, será que aqueles 2 senhores, depois de terem ganho muito dinheiro lá dentro a jogar à bisca, quando saíssem com a ajuda da polícia, tivessem apenas passado pelo tribunal para justificar aquele dinheirinho e assinado uns papéis, e podiam voltar para a rua, e desta vez, pediam camarão?...

Agora o enigma desta noite: Se não fosse no BES e fosse na Caixa, que jogo de cartas tinham eles jogado?
A minha opinião? Ao burro em pé…