terça-feira, 28 de outubro de 2008

...E no fim é tudo uma questão de cor...

...Boa tarde taberneiros e amigos da tasca...
Esta semana vou trazer o tema mundial do momento, as eleições presidenciais americanas...
Eleições que tem tido uma tónica bastante acentuada na questão da cor dos candidatos, que depois resvala para questões raciais(inevitávelmente)...
No momento, as análises são feitas com base nos Estados, que tem mais ou menos eleitores de raça negra, zonas que de acordo com os analistas irão votar maciçamente Barack Obama enquanto que outros Estados com maioria de população de raça branca irá votar Mccain...
Eu aconselhava já que estamos em tempo de crise, e à que poupar podiam ir aos cadernos eleitorais verificavam a cor do eleitor e colocavam a cruz, era mais fácil dava menos trabalho e poupava tempo e dinheiro, aos Estados Unidos...
É triste, a suposta maior e melhor democracia do mundo estar reduzuida, a uma escolha de cor de pele, deixando as ideias e o debate sobre o rumo a dar ao país para segundo lugar...
Depois tivemos a escolha dos vices que como sempre nos Estados Unidos, é deixada ao encargo das "máquinas do marketing" que depois fazem as "asneiradas" que estão à vista...porque as escolhas são feitas com base em critérios de marketing, como se de uma empresa se tratasse, resultado os candidatos parecem fantoches, os vices marionetas e as campanhas uma fantochada pegada...
Senão vejamos, penso que estaremos todos de acordo que as pessoas para representarem uma nação e desempenharem funções governativas, devem ser escolhidas pelas suas qualidades intelectuais, humanas e poder de comunicação...ora nem o vice do Barack nem a vice do Mccain foram escolhidos por ter as qualidades que mencionei atrás...
Ambos foram escolhidos com base num posicionamento e num público-alvo(target) a atingir, amigos isto é o que aprendemos no marketing puro e duro...
A senhora S.Palin pretende ir buscar algumas votantes(target) que iam votar Hillary Clinton e não simpatizam com o B.Obama, sendo uma mulher de familia, trabalhadora e participante activa na vida pública, qualidades que também tem H.Clinton, a isto chama-se posicionamento...
Qunato ao vice do B.Obama, foi escolhido para fazer contra-ponto com as qualidades do Mccain, ou seja, é idoso e tem experiência política defeitos apontados a B.Obama.
Por tanto, o vice de B.Obama foi escolhido para atingir os votantes(target) que preferem uma pessoa mais experiente nas funções governativas, e mais idosa (posicionamento).
Depois acontece, que como não escolhidos pelas suas qualidades intelectuais, nas primeiras vezes que a S.Palin falou só saiu-o asneira, primeiro porque a senhora estava claramente deslumbrada com o que lhe tinha acontecido depois porque vinha habituada a estar num Estado (Alasca), provinciano e pereférico na realidade política americana, onde pode falar e dizer as asneiras que quiser, que estas nunca chegam a ter um mediatismo nacional...
Para concluir, gostava de dizer que este meu post também é uma crítica aos europeus, é que foram feitas duas sondagens interessantes na europa, a primeira perguntava em que candidato votavam se tivessem hipotese, ganhava B.Obama com 80%, no entanto quando se perguntava a seguir se no país deles houvesse um candidato negro às eleições votariam nesse mesmo candidato, aí a percentagem desceu para os 40%...
Pois é, para os outros serve mas "para mim não quero"...muito interessante...

PS- A cervejola americana "BudWeiser" e a "Coca-Cola" a preços de amigo, ou seja, preços de "latada"...

3 comentários:

Jeremias disse...

Pois é, há muita operação de imagem na política hoje em dia. torna-se difícil de encontrar o genuino no meio do fabricado. Há um artigo muito interessante no Correio da Manhã (vou falar sobre isto na Quinta) de nome "Eu Show Obama" que fala do valor do nome Obama como marca.
É um pouco assustador.

Hum... vodka limão, p.f. disse...

Na verdade, parece que qualquer que seja o presidente da tal suposta melhor e maior democracia do mundo, este será sempre um alvo a abater...
Neste caso, e face ao suposto atentado que vitimaria B. Obama, parece que as probabilidades deste tipo de acções ocorrerem seriam muito maiores.
É pena que nesta tal democracia, tão deficiente, independentemente do partido, a cor da pele dite as opções políticas dos americanos.

Black Label disse...

Este post faz-me pensar como é que aquela que é conhecida como a maior e melhor democracia do mundo pode sê-lo de facto, quando tem como únicos actores reais apenas dois partidos políticos. Pior é pensarmos que esses mesmos dois partidos sofrem, quando se trata de decidir sobre questões essenciais, de um mal conhecido como “groupthinking” em que as várias pessoas agem como um rebanho de ovelhas incapazes de ter, ou pelo menos expressar, ideias próprias.

Na minha opinião, a democracia não é possível sem pluralismo. E isso é algo que tenho cada vez mais dificuldade em ver nos países desenvolvidos e sinceramente, nunca vi na política norte-americana.

Se calhar, a tão apregoada democracia do “free coutry” é apenas uma questão de marketing!