quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O primeiro dia do resto das vossas vidas... ou não...

Bom dia estimados taberneiros, clientes e amigos. Mais um dia de serviço público aqui neste nosso espaço cultural, entre copos de vinho, petiscos e muita filosofia de ponta…
Ora como não podia deixar de ser, o tema do dia é sem dúvida, as eleições nos E.U.A. E como tudo indica o candidato Barack Obama é o grande vencedor. Para mim não é novidade, porque a maioria dos taberneiros e alguns comentadores desta humilde casa, demonstraram maior simpatia por Obama. Até o Nobel da Literatura, José Saramago, considera Obama "o unico que garante uma Mudança". Todos vêm com bons olhos um presidente Afro-Americano, um jovem, negro. O povo está a espera de aparições do Presidente tipo vedeta de Hip-Hop, calça de ganga larga a mostrar a cueca e a marca contrafeita, sem camisola a mostrar os peitorais e algumas cicatrizes de crimes de Gangs, a bela da corrente com o símbolo gamado ao automóvel, e é claro, o mais importante, a companhia de modelos ao nível de Bioncé, Rhiana, Tyra e outras babes de cabelo esticado. Depois há outra fatia que espera que ele convide para o governo, a não menos conhecida e quiçá a futura presidente dos EUA, a Oprah Winfrey com a sua compaixão, a sua bondade e a sua boa comunicação. Imaginem a Oprah com um programa semanal ao estilo de Hugo Chavez em plena propaganda política… A América nunca mais será a mesma… A não ser que convidem o Vítor Constâncio para substituir o seu Homologo, está mais que visto que a sua supervisão é ineficaz e as informações oficiais nunca chegam ao seu gabinete… imaginem se ele tem de controlar a subida ou descida das taxas de juro ou mesmo a valorização ou não, do Dólar…Eu cá trocava-o por meia dúzia de barris de Crude, a Pamella Anderson e mais meia dúzia de branquelas que vão entrar desuso no País mais afro do mundo fora do continente africano.
Mas o que seria se ganhasse o Mcain? O que de novo ele trazia? Para alem de ser um Transformer ou a nova versão do Robotcop, melhorado é certo, com extras de platina… é certo também que é um bocadinho menos burro que o Bush filho, mas não se afasta assim tanto. Está mais que visto, o mundo precisa de mudanças.
A primeira mudança que vai haver é o corte nas despesas da defesa contra o terrorismo. Passo a explicar. Antes destas eleições, A preocupação dos gabinetes de informação, era a prevenção dos ataques do Bin Laden e seus “Muchachos”. Agora os terroristas Islâmicos deixaram de ser problema porque tem a concorrência do KKK, cada um a tentar aniquilar o outro para terem o protagonismo dos atentados. Há boa maneira americana, basta dar armas aos dois lados que eles tratam de se aniquilarem mutuamente… Vão ver como vai ser bom viver nos States. Até o Carlos Malato dirá “já fui muito feliz n’ América “…
E pouco mais ha para dizer, na esperança que o mundo nunca mais seja o mesmo.
Um grande abraço a todos e até para a semana

5 comentários:

Jaquim Pimpão disse...

Caro Toino "Americano", como diz o ditado a "...a esperança é a última a morre..", no entanto, sou da opinião que o Obama por muito boas intenções que tenha, tem primeiro que "desmantelar" oito anos de uma máquina chamada Bush, ou seja, o "stablishment" que está implantado em Washington, cheio de maus vícios...vamos ver...

Jaquim Pimpão

Jeremias disse...

Há grandes lições a tirar desta eleição, particularmente para nós, Portugueses, que achamos que "o americano é burro".

Em primeiro lugar, mostraram que já parecem ter ultrapassado os seus graves problemas de racismo. Se pensarmos que há menos de 50 anos, Martin Luther King ainda se fazia ouvir, é, de facto, um avanço estraordinário.

Para quando, em Portugal, a eleição de um descendente de um Cabo-Verdiano ou Angolano? É difícil, como dizia o Pimpão.

Além disso, o sistema dos EUA mostrou que até alguém que não é "100% americano" (O pai de Obama é Queniano) pode ascender à presidência. Penso que em Portugal isto não era possível.

Fala-se muito dos podres da democracia americana. É bom saber que também há coisas boas.

Black Label disse...

Realmente podiam oferecer mais armas ao Bin-Laden e amigos, e à rapaziada do Ku Klux. O problema era se eles, em vez de se tentarem matar uns aos outros, se coligavam secretamente para “limpar o sebo ao preto”! É que bem vistas as coisas, não seria assim tão difícil aproximarmos os dois grupos. Radicais já eles são! Aos membros da Al-Qaeda bastava tomarem banho para parecerem mais brancos e aos elementos do KKK bastava cortarem os bicos dos chapéus para dizerem que tinham vestido a burka da mulher. Ou então, enrolavam o capuz à volta da cabeça e podiam fingir que vinham a sair da mesquita…

Hum... vodka limão, p.f. disse...

Meu Deus... mas que imaginações tão férteis!... só mesmo "aqui"!

Realmente, não resisto a dizer como o Malato: " Já fui (e sou) muito feliz nesta Tasca..."

Kika disse...

Como não podia deixar de ser...