segunda-feira, 28 de abril de 2008

A importância vital das coisas.

Dando continuidade à taberneira Imita-Alces, hoje venho falar da importância vital de coisas fúteis. Sim há muitas coisas fúteis que aparentemente ñ deviam ter muita importância mas acabam p ter uma grandeza tremenda nas nossas vidas, sem sabermos muito bem porquê.
Neste momento estou em estado de choque pois ainda não percebi como vou sobreviver este ano sem ir à minha Queima das Fitas na capital dos Estudantes (Coimbra). Pois é, ao fim de tantos anos a marcar presença, vou escandalosamente faltar a um dos melhores e maiores acontecimentos do ano.
Para a minha existência e a minha estabilidade emocional é vital ir todos os anos ao "Queimodromo". Mas este ano estou longe, ñ vou poder ir. Como vou aguentar?? Como vou lidar com isso?? Ainda não sei muito bem mas vou ter que me recompor de alguma forma.
Já é mau estar sem o nosso maravilhoso café, já é mau não estar em família no dia da mãe e a somar a tudo isto não estar presente na Queima... Acho que são demasiadas coisas para tão pouco tempo :s
Venha de lá mais um tinitinho para esquecer.
Já agora e também dando seguimento ao nosso taberneiro António Américo, gostaria de pedir a um dos nossos assíduos clientes - Helder - para estar de serviço na próxima segunda feira. Depois manda o post para o meu email.
Pipas de Vinho,
Torrão de Alicante

5 comentários:

Hum... vodka limão, p.f. disse...

"Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero."

Passagem das horas – Álvaro de Campos

"Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora."

Afinal – Álvaro de Campos

Helder disse...

Espero que encontres brevemente reposta para tão grande dilema: Como aguentar?? Como lidar com isso??

Mas não serão essas as questões de todos, essas questões que aparecem sempre que estamos longe do que nos é querido?

Pena não ser-mos como Fernando Pessoa, e tal como disse "hum... vodka limão, p.f." no meu Blog:

"Fernando Pessoa...esse homem que tinha sempre resposta para tudo..."

Para a próxima segunda, lá estarei de serviço, obrigado pelo convite :)

Jeremias disse...

"A felicidade é a arte de fazer um bouquet com as flores que estão ao nosso alcance"...

Torrão, vai à queima aí em Alicante... aposto que tem "binho" do bom, cerveja, música e "gajos"... vais sentir-te em Coímbra!

A felicidade está dentro de ti Torrão, não numa tenda de lona em Coímbra,

Bjnh
J.

Jaquim Pimpão disse...

Uiiiii uiii tanto queixume esta tasca parece quase um velório, minha amiga segundo soube no próximo fds vai ter umas visitas especiais, que vão "ajudar" a esquecer esses dilemas e passar o tempo com diversão e animação...portanto nada de se lamúriar porque de certeza que existem outras compensações e falhar um ano por tão nobre causa como o erasmus nem pode ser considerado "falhar"...
PS- Vá lá levantar a cabecinha e animar senão...

Jaquim Pimpão

Kika disse...

Se prestássemos um pouquinho de atençao veriamos que as coisas mais simples da vida sao intensamente mais ricas, quando sabemos que existem momentos, amigos, pequenas coisas que nos fazem sorrir. SAUDADE, aquilo que tu sentes é a maior prova de que o passado valeu e vale a pena, por isso, cara taberneira, para o ano ha mais. Aproveita esse sitio, como diz vodka limao, para trazeres no coraçao os lugares onde estiveste e os portos onde chegaste...
Boa semana