terça-feira, 8 de abril de 2008

Levantar o pau...em...nome da nação...

Caros colegas taberneiros, isto hoje não correu muito bem, mas mais vale tarde que nunca...
Hoje quero falar dum tema, que já chegou à nossa tasca e que está na ordem do dia na nossa sociedade, inclusivamente já com inquéritos feitos ao povo...
A questão que se Shakespeare fosse vivo, colocava da seguinte forma..."Ser ou não ser...espanhol...eis a questão..."
Eu Jaquim Pimpão, recuso-me terminantemente a pensar sequer a questão...sempre que a sociedade portuguesa encontra dificuldades, pensa sempre no caminho mais fácil, no atalhar, no deixar andar...
E dou exemplos, participação e intervenção política da minha geração e das seguintes?quase nula...votar, eu faço questão de exercer esse direito cívico pelo qual tanta gente lutou e sofreu, faça sol faça chuva no entanto olho em meu redor só ouço "ah para quê, não vale a pena ganham sempre os mesmos..." garantidamente, se abdicarmos desse direito...
Pergunto quantos de nós discutimos política quando nos encontramos com os amigos? nunca...a não ser quando alguma acção do governo nos afecta directamente mas isso é egoísmo e ficamos muito tristes e deprimidos porque ninguém quer saber...pois obvio nós quando são os outros somos muito solidários, mas agir é que nada....
E agir é tomar iniciativa, é discutir sem medos e pensar em soluções e caminhos mais justos para todos...
Mas isto dá trabalho, é mais fácil entregar este país á beira mar plantado, com defeitos é verdade mas com algumas qualidades que me fazem acreditar que todos podemos mais e melhor....
Como português orgulhoso que sou descendente do grande Afonso Henriques e de D.João I mestre de Avis, que "correu" daqui para fora com os espanhóis (Aljubarrota)...
E principalmente orgulho-me de ser descendente do grande estratega e arquitecto da nossa gloriosa e única História, que foi DJoão II, que passou a "perna" a nuestros hermanos com o Tratado de Tordesilhas, que tão simplesmente implica que em vez de serem 10 milhões de falantes da nossa bela língua portuguesa somos à volta de 200 milhões...
Por isso em honra desta história e por defeito profissional diário, levantarei sempre o pau com a nossa bandeira verde e vermelha nem que seja o último portuga vivo e resistirei sempre a essa ideia...(mentes perversas já estavam a pensar coisas badalhocas)
Porque acredito, que nós portugueses ainda temos capacidade intelectual de pensar e arranjar soluções internamente, para não entregar este país aos nuestros hermanos...
E fico-me por aqui...

PS- Hoje promoção sande de coirato + copo três = 1 €
Jaquim Pimpão

5 comentários:

António Américo disse...

è uma grande verdade, todos nós nos queixamos e tenho a certeza que quando dizemos que se fossemos Espanhois estavamos melhor, não é pelo agrado de espanha mas sim pelo desagrado pela situação precaria do nosso país. Tenho a certeza que a grande maioria tem orgulho na nossa nação e cultura.

Jeremias disse...

Eu penso que nós, neste País à beira mar plantado, já temos uma identidade vincada enquanto povo e que ultrapassa a questão da fronteira. Dito de outra forma, se fossemos um povo errante sem nação (como aconteceu com os Judeus até meados do século XX) continuaríamos a valorizar a nossa cultura e identidade (talvez até mais do que fazemos agora). Só penso que há uma linha ténue a separar o patriotismo do nacionalismo e que nós, na procura da nossa identidade, devemos ter o cuidado de nunca atravessar.

Hum... vodka limão, p.f. disse...

Parabéns...até fiquei com lágrima no olho...que grande taberneiro!:D

Chiquita do Amori disse...

Subscrevo as palavras de António Américo...........

Helder disse...

Ao ler a frase "Pergunto quantos de nós discutimos política quando nos encontramos com os amigos? nunca..."

Veio-me à lembrança, a série transmitida na RTP1 e que em boa maneira nos relata episódios do velho regime, o: "Conta-me como foi".

Estavam os protagonistas da série, reunidos lá na Tasca da zona, quando o taberneiro diz algo do género: aqui na minha tasca não se discute politica, ainda vamos todos presos.

Agora pergunto eu: Não será ainda uma réstia do medo incutido pelos nossos antepassados? O medo da PIDE.

Agora eu próprio me fiquei a questionar, do porquê de não gostar de discutir política. :s